Civis em Gaza e Tel Aviv relatam falta de suprimentos e medo

'Esperamos pelo pior', diz palestino em Gaza; para brasileira em Tel Aviv, 'será um trauma eterno para Israel'

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São Paulo

A Folha conversou com civis que estão nos territórios afetados pelo conflito que explodiu no último sábado (7). Veja, abaixo, os relatos dessas pessoas que se encontram na Faixa de Gaza e em Israel.

Podem nos matar a qualquer momento, diz palestino em Gaza

Na Faixa de Gaza, os ataques de Israel continuavam neste domingo (8). O palestino Refaat Alareer,
morador de Gaza, disse à Folha que os bombardeios vêm atingindo a infraestrutura do enclave palestino, danificando ruas, hospitais e redes de água e luz.

"A situação é grave, com escassez de recursos básicos como água, eletricidade e o risco de perder acesso à internet. Israel atingiu vários prédios residenciais e comerciais, incluindo locais onde as pessoas buscavam abrigo", afirmou Alareer, 44, que é professor universitário e pai de duas meninas.

Um membro da equipe de emergência trabalha para extinguir o incêndio após o lançamento de foguetes da Faixa de Gaza, visto da cidade de Ashkelon, Israel
Um membro da equipe de emergência trabalha para extinguir o incêndio após o lançamento de foguetes da Faixa de Gaza, visto da cidade de Ashkelon, Israel - Amir Cohen/Reuters

"Nós esperamos pelo pior. Não temos nada a perder e podemos ser mortos por Israel a qualquer momento", acrescentou.

Será um trauma eterno a Israel, afirma brasileira em Tel Aviv

Daniela Kresch, jornalista correspondente do Instituto Brasil-Israel radicada em Tel Aviv, disse que
a situação em Israel ainda era tensa neste domingo, ainda que sem os massacres do Hamas registrados na véspera.

Segundo ela, não havia confirmação de que todos os terroristas do Hamas que infiltraram o território haviam sido mortos ou presos, gerando temor de novos atentados.

"Provavelmente esses terroristas que ainda estão circulando, se é que ainda existe algum, estão circulando mais pelo sul de Israel. Mas isso não quer dizer que eu não esteja com medo, né? Todo
mundo que eu conheço está com medo", diz Kresch.

"É um clima de luto, desespero e frustração. Vai ser um trauma eterno para Israel."

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