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Ministros do Japão renunciam após acusações de corrupção

Escândalo eclodiu após denúncias de que R$ 17 milhões em subornos foram pagos a partido governista

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Tóquio | AFP e Reuters

Três ministros do Japão renunciaram nesta quinta-feira (14), noite de quarta no Brasil, devido a um escândalo de subornos envolvendo integrantes do partido governista, anunciou a imprensa local.

Os ministros da Economia e Indústria (Yasutoshi Nishimura), do Interior (Junji Suzuki) e da Agricultura (Ichiro Miyashita) deixaram seus cargos durante a manhã. Segundo a imprensa japonesa, espera-se que o secretário chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, também renuncie nesta quinta, além de cinco vice-ministros envolvidos no caso.

O ministro da Economia e Indústria do Japão, Yasutoshi Nishimura, que renunciou ao cargo - Kazuhiro Nogi - 13.dez.23/AFP

O escândalo eclodiu devido a denúncias de que US$ 3,4 milhões (R$ 17 milhões) em subornos foram pagos a membros do Partido Liberal Democrático (PLD), que governa o Japão de forma quase ininterrupta desde meados do século 20.

Desde que o escândalo veio à tona, há algumas semanas, pesquisas registram queda da popularidade do premiê japonês, Fumio Kishida, para cerca de 23%, o nível mais baixo desde que ele assumiu o cargo em outubro de 2021. Já o apoio ao PLD caiu abaixo dos 30% pela primeira vez desde 2012, quando a legenda voltou ao poder após uma breve interrupção em seu domínio na política japonesa nos últimos anos.

Analistas políticos compararam o caso ao escândalo conhecido como Recruit, ocorrido no final da década de 1980, quando alegações de abuso de informação privilegiada levaram o então premiê, Noboru Takeshita, e vários outros altos funcionários do governo a renunciarem.

Kishida disse na noite de quarta (13) que iria fazer "mudanças" no governo para restabelecer a confiança da população.

A Promotoria japonesa disse à agência de notícias Reuters que não iria comentar as investigações em andamento.

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