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Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Ataque atribuído a Israel contra Damasco atinge área residencial e mata 2

Ofensiva em bairro que abriga quartel do Exército e centro cultural do Irã não teria 'atingido objetivos'

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São Paulo

Um novo ataque atribuído a Israel em Damasco, a capital da Síria, provocou a morte de duas pessoas e danificou prédios residenciais nesta quarta-feira (21), segundo autoridades do regime de Bashar al-Assad.

Os prédios atingidos ficam em Kafr Sousa, um bairro considerado rico de Damasco que abriga edifícios pertencentes ao regime, quartéis do Exército e de forças de segurança, além de um centro cultural do Irã, de acordo com a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido.

Pessoas se reúnem perto de prédio danificado em Damasco, na Síria - Firas Makdesi/Reuters

Imagens publicadas pela mídia estatal síria mostram um prédio de vários andares parcialmente destruído e com parte de sua fachada queimada. Autoridades de Israel não comentaram o caso. Uma fonte de segurança que não quis se identificar disse à agência Reuters que o ataque "não atingiu os objetivos".

Testemunhas ouviram várias explosões consecutivas. Os barulhos assustaram as crianças em uma escola próxima, e várias ambulâncias foram enviadas ao local, disseram testemunhas à Reuters.

O bairro Kafr Sousa já havia sido atingido por outro ataque atribuído a Israel em fevereiro de 2023. Na ocasião, especialistas militares do Irã foram mortos. A agência de notícias Student News Network disse que nenhum cidadão iraniano foi morto no ataque desta quarta.

Desde que a guerra civil da Síria começou, em 2011, Israel lançou centenas de ataques aéreos contra o território do país, tendo como alvo forças alinhadas ao regime iraniano, seu rival regional, mas também posições do Exército de Damasco. O Irã e os seus aliados militares na Síria se entrincheiraram em vastas áreas do leste, sul e norte do país e em vários subúrbios ao redor da capital.

As ofensivas israelenses na região se intensificaram após o início do conflito contra o Hamas. Em dezembro, um ataque aéreo das forças de Tel Aviv matou dois membros da Guarda Revolucionária, e outra ofensiva, perto de Damasco, matou um conselheiro sênior que supervisionava a coordenação militar entre a Síria e o Irã. Já em janeiro, cinco membros da força de elite iraniana, incluindo o chefe e o vice da unidade de inteligência, foram mortos na capital síria.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, disse em fevereiro que as forças do país haviam atacado mais de 50 alvos do grupo Hezbollah na Síria e 3.400 no Líbano desde o início da guerra na Faixa de Gaza.

Com efeito, autoridades do Irã diminuíram o efetivo de seus oficiais superiores na Síria e planejaram confiar mais nas milícias xiitas aliadas para preservar o domínio no país, segundo autoridades disseram à Reuters

Apesar de apoiar o Hamas, o Irã tem evitado embates mais incisivos com as forças israelenses. A cautela é resultado também de medidas tomadas pelos Estados Unidos para coibir o alastramento da guerra no Oriente Médio, como o envio de dois porta-aviões ao mar Vermelho.

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