Alarme falso de bomba em associação israelita na Argentina mobiliza polícia
Amia foi alvo do maior ataque terrorista da história do país, em 1994, atribuído ao Irã; governo já havia aumentado segurança de alguns locais sob temor de atentados desse tipo
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Uma falsa ameaça de bomba feita por telefone mobilizou efetivos da Polícia Federal e da Polícia Civil para o prédio da Amia, a Associação Mutual Israelita Argentina, localizada em em Buenos Aires, nesta segunda-feira (6).
O prédio foi esvaziado para que os agentes o inspecionassem, e a passagem de carros foi bloqueada nas ruas dos arredores. Uma ambulância foi posicionada perto do local. Rapidamente, porém, a polícia desmobilizou suas equipes e anunciou ser falsa a ameaça.
O clima, a despeito da ameaça, era de tranquilidade. Pedestres passavam sem saber do ocorrido, e alguns comentavam que era "mais uma ameaça entre algumas que já ocorreram" nestas décadas.
Foi na Amia que em 1994 ocorreu aquele que é considerado o maior atentado terrorista da história argentina, quando um carro-bomba colidiu contra o prédio da associação, deixando 85 mortos e ao menos 300 feridos e chocando todo o país e a vizinhança.
Neste mês de abril, três décadas após o caso, a Justiça da Argentina identificou o Irã como mandante deste ataque e de outro, que dois anos antes ocorreu contra a embaixada de Israel em Buenos Aires.
A ameaça falsa desta segunda-feira ocorre poucos dias após o governo de Javier Milei anunciar que estava elevando a segurança pública por temor de ataques. O estopim foram os ataques que o Irã promoveu contra Israel no marco da guerra contra o Hamas.
A Casa Rosada disse ver a Argentina como potencial país ameaçado pelos grupos apoiados por Teerã, entre eles o Hezbollah.
Nas últimas semanas, a ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, tem dito que o grupo é uma ameaça para a América Latina e afirmou que membros estão presentes na costa do Chile, em um episódio que gerou conflito com Santiago.
A movimentação é parte do realinhamento da política externa argentina, agora muito mais próxima dos Estados Unidos. Washington sempre foi um das principais fontes de investigação sobre a presença do Hezbollah na América do Sul, notadamente na Tríplice Fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai).
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