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Justiça do Panamá valida candidatura de favorito à Presidência a 2 dias do pleito

Suprema Corte dá aval ao conservador José Raúl Mulino, que tem entre promessas de campanha fechar selva de Darién

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AFP e Reuters

A Suprema Corte do Panamá decidiu nesta sexta-feira (3) que a candidatura presidencial do conservador José Raúl Mulino, ex-vice-presidente de Ricardo Martinelli, é constitucional. A decisão ocorre dois dias antes das eleições, previstas para o próximo domingo (5).

Mulino entrou na corrida em março como substituto de Martinelli, depois que este foi retirado da disputa devido a uma sentença de quase 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro.

Martinelli aparecia à frente dos adversários nas pesquisas de intenção de voto, e os levantamentos mais recentes mostram que Mulino herdou sua popularidade.

O candidato à Presidência do Panamá José Raul Mulino durante campanha na Cidade do Panamá - Aris Martinez - 10.abr.24/Reuters

Uma advogada particular havia apresentado ao Tribunal Eleitoral uma ação de inconstitucionalidade, argumentando que Mulino não passou por eleições primárias nem tem candidato a vice-presidente, como indicam as leis panamenhas. O argumento, porém, não foi validado pela Suprema Corte.

"O que moveu a Corte no momento histórico em que nos encontramos é defender a nossa pátria e a democracia, a institucionalidade, a paz social, o direito de eleger e ser eleito e o pluralismo político", explicou María Eugenia López, presidente da Suprema Corte.

A avaliação da Justiça panamenha manteve o país em suspense na reta final das eleições, nas quais cerca de 3 milhões vão às urnas para escolher um novo presidente, em turno único e por maioria simples, além de 71 deputados e governadores.

Mulino, ex-ministro da Segurança de Martinelli (2009-2014) e candidato do partido Realizando Metas (RM), tem 37,6% das intenções de voto, segundo a última pesquisa da empresa Mercadeo Planificado para o jornal La Prensa, publicada na quinta-feira (2).

Em seguida aparecem no levantamento o ex-presidente social-democrata Martín Torrijos (2004-2009), com 16,4%, e os advogados de centro-direita Rómulo Roux, com 14,9%, e Ricardo Lombana, com 12,7%.

"Estou feliz porque a verdade, a lei e a Justiça sempre prevalecem no final", reagiu Martinelli no X, ao destacar que "a decisão acertada" da Corte "respeitará a democracia no Panamá". O padrinho político de Mulino o vinha apoiando pelas redes sociais da embaixada da Nicarágua, onde tem vivido após sua sentença, depois de ter conseguido asilo.

Em abril, durante a campanha, Mulino prometeu fechar a selva de Darién para migrantes que passam pela região em direção aos Estados Unidos. "Vamos fechar Darién e vamos repatriar todas essas pessoas conforme necessário, respeitando os direitos humanos", disse a jornalistas na ocasião.

Darién é o local de mata fechada, rios e morros na fronteira entre a Colômbia e o Panamá conhecida como "selva da morte". A travessia feita por centenas de milhares de migrantes vindos da América do Sul se transformou nos últimos anos na maior crise migratória das Américas e uma das mais agudas do mundo.

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