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Ausência de Biden em negociações com a Ucrânia seria aplaudida por Putin, diz Zelenski

Presidente da Ucrânia cobra presença de americano em conferência para discutir plano de paz

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Bruxelas (Bélgica) | Reuters

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse nesta terça-feira (28) que, se o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não comparecer a uma cúpula de paz organizada por Kiev na Suíça nos dias 15 e 16 de junho, Vladimir Putin aplaudirá sua ausência.

A Ucrânia espera receber o maior número possível de países na tentativa de chegar a um consenso sobre como interromper a guerra e aumentar a pressão sobre a Rússia, que tomou quase um quinto do território ucraniano desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. Washington sinalizou apoio, mas não confirmou se Biden comparecerá.

"Eu sei que os EUA apoiam a cúpula, mas não sabemos em que nível", disse o presidente ucraniano em Bruxelas nesta terça, em uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, assinam um acordo bilateral de segurança em Bruxelas, Bélgica - Kenzo Triboullard/Pool/Reuters

"A cúpula de paz precisa do presidente Biden e também dos outros líderes que observam a reação dos Estados Unidos. Putin só aplaudirá sua ausência, pessoalmente aplaudirá —e de pé, nesse caso", disse o presidente ucraniano.

Zelenski pediu no domingo que tanto Biden quanto o presidente chinês Xi Jinping, aliado próximo de Putin e um dos principais beneficiários de seu conflito com o Ocidente, comparecessem à cúpula.

A Rússia afirmou que não vê sentido na conferência. O governo da Ucrânia afirmou que a intenção não é estender o convite a Moscou para este encontro, já que o objetivo seria primeiro chegar a um entendimento com aliados sobre que proposta apresentar aos russos.

A Bloomberg noticiou que Brasil, China e Índia não planejam enviar representantes seniores para o encontro. Antes, na quinta-feira (23), o assessor especial do presidente Lula (PT) para a política externa, Celso Amorim, e o chanceler chinês, Wang Yi, haviam divulgado um memorando ressaltando a importância da presença de Moscou nas negociações durante uma viagem de Amorim a Pequim.

"Todas as partes envolvidas devem criar condições para a retomada do diálogo diretos e a desescalada do conflito até um cessar-fogo abrangente", dizia o texto.

Enquanto isso, a guerra segue. No campo de batalha, a situação é desfavorável para Kiev. Desde o início do mês, quando lançou uma ofensiva surpresa pela fronteira norte de Kharkiv, Moscou já tomou uma série de cidades na província, naquele que foi seu avanço mais rápido desde o começo da guerra.

Zelenski espera conseguir reverter as derrotas obtendo novas remessas de ajuda militar de seus aliados. Nessa frente, tem sido mais bem-sucedido, e nesta segunda conseguiu que a Espanha se comprometesse com o envio de cerca de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) durante uma passagem pelo país.

No dia seguinte, o governo da Suécia anunciou a suspensão das negociações para enviar caças Gripen à Ucrânia, respondendo a pedidos de outros países da coalizão de apoio a Kiev para aguardar, já que o foco atual é a introdução dos caças F-16. O ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, explicou que essa decisão está relacionada à transição de vários países da Otan do F-16 para o F-35, ambos fabricados pela Lockheed Martin.

A Bélgica anunciou que dará seus 30 modelos disponíveis para a Ucrânia, durante a visita do presidente Zelenski a Bruxelas, dentro de um pacote de R$ 5,6 bilhões em um ano.

Antes disso, Zelenski conseguiu assegurar a remessa de cerca de R$ 300 bilhões por parte dos Estados Unidos depois de semanas em que políticos do Partido Republicano tentaram barrar o pacote no Congresso.

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