Governo Milei suspende sites e contas nas redes sociais de veículos da mídia estatal
Medida é vista como censura pela categoria e inclui TV e rádio; ultradireitista acusa canais de serem 'instrumento de propaganda' e planeja privatização
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O governo de Javier Milei suspendeu na terça-feira (21) as contas nas redes sociais e os sites dos meios de comunicação públicos, citando um "processo de reorganização" para "melhorar (...) o conteúdo gerado". A medida foi vista como censura pelos funcionários das estatais.
Ao acessar os endereços online, é possível ver a mensagem "Site em reconstrução".
A suspensão incluiu os sites da Televisión Pública, da Radio Nacional e de todas as suas emissoras afiliadas, o canal educativo Encuentro e o canal infantil Paka Paka.
Desde o início de seu mandato, Milei acusa a mídia estatal de ser um instrumento de propaganda ligado ao kirchnerismo e incluiu os veículos públicos em um projeto de lei de privatização.
O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (Sipreba) emitiu um comunicado no qual rejeita "o silenciamento das redes sociais de ambos os meios de comunicação (Radio Nacional e Televisión Pública) e acusou a medida de "censura e intimidação que se soma ao silenciamento da Télam", a principal agência de notícias do Estado, cujas atividades foram suspensas pelo Executivo em março.
O governo cancelou todos os noticiários de fim de semana da Televisión Pública, que começou suas transmissões em 1951, a primeira a entrar no ar na Argentina.
Milei também cortou o pagamento de horas extras e feriados na Radio Nacional, em funcionamento desde 1937, o que fez com que as 49 emissoras do interior do país tivessem que suspender a programação dos finais de semana e transmitir os programas de Buenos Aires.
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