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Papua-Nova Guiné suspende busca por corpos em vilarejos atingidos por soterramento de terra

Forças armadas afirmam que região traz risco de novos deslizamentos; estimativa é que 2.000 pessoas foram sepultadas na tragédia

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Port Moresby (Papua-Nova Guiné) | AFP

A busca por centenas de moradores que podem estar soterrados em vilarejos onde houve deslizamento de terra em Papua-Nova Guiné, em 24 de maio, foi suspensa devido ao perigo de novos deslizamentos, afirmaram as forças armadas na quarta-feira (5). O governo estima que cerca de 2.000 pessoas tenham sido sepultadas, já que descarta encontrar sobreviventes.

"Todos os esforços para recuperar corpos foram suspensos devido ao perigo" de novos deslizamentos, disse o major Joe Aku.

Ele afirmou que a área montanhosa, localizada no estado de Enga, foi declarada inacessível e será isolada da comunidade até novo aviso. "É muito perigoso estar no local neste momento. Este é o pior e maior deslizamento que já vi", disse.

Moradores escavam durante busca e resgate no local de deslizamento de terra na vila de Yambali, na região de Maip Mulitaka, na província de Enga, em Papua-Nova Guiné - Emmanuel Eralia - 30.mai.24/AFP

Apesar da estimativa elevada de pessoas soterradas no deslizamento, Aku considera um número menor, mais próximo de 650. Apenas nove corpos foram recuperados, de acordo com as autoridades locais de saúde.

Um relatório interno do departamento responsável pela mineração e riscos geológicos, obtido na terça-feira (4) pela AFP, alertou sobre uma "alta probabilidade de novos deslizamentos" no mesmo local "no futuro imediato".

No fim do mês, primeiro-ministro do país, James Marape, chegou a culpar as "chuvas extraordinárias" e mudanças nos padrões climáticos por múltiplos desastres na nação insular do Pacífico este ano, incluindo esse deslizamento de terra.

A região de Yambali foi atingida quando parte do monte Mungalo desabou na sexta-feira de madrugada (tarde de quinta-feira no Brasil), quando a maioria dos moradores estava dormindo.

As missões de resgate foram prejudicadas pela localização remota e pelos conflitos entre tribos da região, que tornam mais demorada a passagem de comboios de ajuda.

Desde a tragédia, os moradores dos vilarejos participaram das operações ao lado da pilha de escombros em busca dos parentes desaparecidos, muitas vezes cavando sem os instrumentos adequados.

As autoridades da província de Enga alertaram para o risco de novos deslizamentos e, no fim de maio, começaram a retirada de 7.900 habitantes de vilarejos próximos.

"A tragédia ainda está acontecendo. A cada hora escutamos rochas quebrando, é como uma bomba ou um tiro. E as pedras continuam caindo", disse o governador de Enga, Sandis Tsaka.

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