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Descrição de chapéu guerra israel-hamas palestina

Exército de Israel afirma ter recuperado corpos de cinco reféns em Gaza

Tel Aviv liberta seis prisioneiros palestinos; Netanyahu está em visita a Washington e foi alvo de protestos

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São Paulo | AFP

Autoridades de Israel disseram ter recuperado os corpos de mais cinco reféns que eram mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza após o sequestro pelo Hamas no ataque de 7 de outubro do ano passado.

Segundo as Forças Armadas, os corpos são da civil Maya Goren e dos soldados Ravid Aryeh Katz, Kiril Brodski, Tomer Ahimas e Oren Goldin.

Montagem com fotos dos reféns cujos corpos foram resgatados pelo Exército israelense, em Gaza: (da esq. para a dir.) Ravid Katz, Kiril Brodski, Tomer Ahimas, Oren Goldin e Maya Goren - Hostages Families Forum Headquarters/AFP

Os restos mortais foram encontrados na quarta-feira (24) durante uma operação em Khan Yunis, a principal cidade do sul da Faixa de Gaza, disseram os militares. Os quatro soldados teriam sido mortos ainda durante o ataque lançado pelo Hamas contra o sul de Israel em outubro, segundo o Exército.

A morte de Maya Goren, sequestrada na ofensiva, foi anunciada em dezembro, mas o corpo continuava em poder dos terroristas do Hamas. Seu marido, Avner Goren, foi morto durante o 7 de Outubro.

Dois kibutzim israelenses já haviam anunciado, em declarações separadas, a recuperação dos corpos de Maya e Goldin.

"Fomos informados esta noite que o corpo de Maya Goren foi encontrado durante uma operação de resgate do Exército", disse em comunicado o kibutz de Nir Oz, a poucos quilômetros da fronteira com Gaza, onde 72 pessoas foram sequestradas.

"Depois de mais de nove meses, ela retornará para casa para ser enterrada", disse o comunicado.

Mais tarde, o kibutz Nir Itzhak, também próximo do território palestino, anunciou que havia "sido informado da operação de resgate do corpo de Oren Goldin, membro da equipe de emergência do kibutz, morto em 7 de outubro".

Enquanto isso, milhares de manifestantes protestaram em Washington contra o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, que discursou ao Congresso dos Estados Unidos na quarta (24). Houve confronto com a polícia, e pelo menos duas pessoas foram presas.

Ativistas realizaram várias manifestações perto do Capitólio, nos Estados Unidos, para protestar contra a visita do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu a Washington e contra a guerra de Israel em Gaza - Alex Wong - 24.jul.24/Getty Images

As forças israelenses avançaram em algumas cidades do lado leste de Khan Yunis nesta quinta (25), horas depois de Netanyahu ter dito aos congressistas dos EUA que estava ativamente envolvido em trazer reféns para casa.

Os combates nos últimos dias se concentraram em Bani Suaila, Al-Zanna e Al-Karara, onde as tropas de Israel disseram ter encontrado os corpos resgatados.

No dia em que anunciou ter encontrado os cinco reféns mortos, segundo a agência Reuters, o Exército israelense libertou seis detidos palestinos, incluindo duas mulheres, na Faixa de Gaza. Os detidos libertados foram internados no hospital Al-Aqsa.

Nos ataques do Hamas ao sul de Israel morreram 1.197 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses. Entre os mortos há mais de 300 militares.

Israel lançou como resposta uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que deixou 39.175 pessoas mortas, em contagem realizada até esta quinta, principalmente civis, segundo números do Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas. Outros 90.403 ficaram feridos.

Com mais de nove meses de duração da ofensiva, muitas áreas de Gaza estão em ruínas, e moradores convivem com escassez de alimentos, água limpa e medicamentos.

Em janeiro, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), mais conhecida como Corte de Haia, decidiu que Israel deveria tomar medidas para evitar atos de genocídio na guerra contra o Hamas, mas não determinou um cessar-fogo imediato.

Já em maio, o tribunal ordenou a Tel Aviv que interrompesse imediatamente sua operação militar na cidade do sul de Rafah, onde mais de 1 milhão de palestinos haviam buscado refúgio antes de o local ser invadido em 6 de maio. Israel não atendeu a essa determinação.

Com AFP e Reuters

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