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Descrição de chapéu França

Macron aceita renúncia de premiê, que deve continuar interino até fim dos Jogos Olímpicos

Gabriel Attal segue na administração enquanto país tenta reorganizar forças após eleições deixarem Parlamento dividido

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Paris | AFP

O presidente da França, Emmanuel Macron, aceitou a renúncia do primeiro-ministro, Gabriel Attal, e do gabinete dele nesta terça-feira (16), a dez dias da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. No entanto, o premiê seguirá na liderança de um governo interino durante o rearranjo de forças na Assembleia Nacional, na qual a coalizão de Macron falhou em obter uma maioria nas eleições legislativas ocorridas no início do mês.

Em comunicado, o Palácio do Eliseu afirmou que Attal vai administrar "os assuntos cotidianos até que um novo governo seja nomeado". Horas antes, o presidente havia indicado ao primeiro-ministro durante uma reunião do Conselho de Ministros que aceitaria sua renúncia e deu a entender que o governo interino pode durar algumas semanas —provavelmente até o fim da Olimpíada, que começa no dia 26 de julho e termina em 11 de agosto.

O presidente da França, Emmanuel Macron, à direita, cumprimenta o primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, durante desfile militar do Dia da Bastilha, na Avenida Foch, em Paris - AFP

O presidente francês não descartou que o conselho possa voltar a se reunir pontualmente nesse período interino. Durante o encontro, agradeceu pelo trabalho do primeiro-ministro e de sua equipe.

A reunião aconteceu nove dias após o segundo turno das eleições legislativas, nas quais nenhum partido ou coalizão obteve a maioria absoluta de 289 deputados. Os resultados deixaram o Parlamento fragmentado, dificultando a formação de um governo.

A NFP (Nova Frente Popular), uma aliança de esquerda que inclui socialistas, comunistas, ambientalistas e a esquerda radical da França Insubmissa, ficou em primeiro lugar após mais de 200 candidatos desistirem de concorrer no segundo turno e anunciarem apoio aos rivais de centro ou de esquerda que estavam mais bem colocados.

A manobra aconteceu após o partido de ultradireita Reunião Nacional e seus aliados saírem na frente no primeiro turno. Com a estratégia, a esquerda ficou em primeiro lugar por pouco, à frente da aliança de centro-direita de Macron e da ultradireita, também com tamanhos semelhantes. A vantagem reduzida joga a política francesa na incerteza, já que ainda não se sabe qual força conseguirá formar um governo.

As eleições foram celebradas antecipadamente porque Macron dissolveu o Legislativo, em reação ao pleito para o Parlamento Europeu no começo de junho, no qual a Reunião Nacional foi o partido mais votado na França.

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