Descrição de chapéu Ucrânia Rússia

Acordo entre Rússia e Ucrânia liberta 190 prisioneiros de guerra

Foram 95 militares de cada lado; tanto Moscou quanto Kiev disseram que seus soldados estão doentes e passarão por tratamento para reabilitação física e psicológica

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São Paulo

Em novo acordo, Rússia e Ucrânia realizaram uma grande troca de prisioneiros na quarta-feira (17), 190 no total, após negociações mediadas pelos Emirados Árabes Unidos. Foi a terceira vez nas últimas sete semanas.

Milhares de soldados foram libertados em mais de 50 trocas desde o começo da invasão russa, em fevereiro de 2022. Nesta última, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e o Ministério da Defesa russo anunciaram, cada um, a soltura de 95 deles.

Zelenski disse que todos os ucranianos libertados eram militares — sete oficiais e 88 soldados e sargentos, a maioria em cativeiro desde o início da guerra—, e agradeceu aos Emirados Árabes pela ajuda. "Seguimos trazendo nosso povo de volta para casa. Outros 95 soldados foram libertados do cativeiro russo", disse o presidente ucraniano em mensagem no Telegram.

A imagem mostra um homem careca envolto em uma bandeira da Ucrânia, sorrindo e fazendo um gesto de positivo com a mão. Ao fundo, há outras pessoas também envoltas em bandeiras ucranianas, em um ambiente ao ar livre com céu azul e algumas árvores.
Prisioneiro de guerra ucraniano faz sinal de positivo após troca em local não revelado na Ucrânia, em meio à invasão russa ao país - Ukrainian Presidential Press Service - 17.jul.24/AFP

Kiev afirma que já registrou o retorno de 3.405 pessoas do cativeiro russo desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, segundo o Comitê de Coordenação Ucraniano para Lidar com Prisioneiros de Guerra.

Um vídeo postado pelo comitê mostra os militares embarcando em um ônibus para serem levados para casa. Um soldado ucraniano estava envolto na bandeira nacional falando ao celular: "Ainda não consigo acreditar que estou em casa."

Vinte e três pessoas participavam havia três meses da defesa do porto de Mariupol, no Mar de Azov, quando foram capturadas pelas forças russas em maio de 2022, disse o comitê.

"Muitos soldados ucranianos que retornam sofrem consequências de seus ferimentos e têm doenças crônicas que requerem tratamento de longo prazo", disse a pasta em comunicado.

O Ministério da Defesa russo, por sua vez, disse que, "como resultado de um processo de negociação, 95 militares russos (...) voltaram do território controlado pelo regime de Kiev".

A pasta informou ainda, em comunicado na rede social Telegram, que os soldados que retornavam receberiam exames médicos e reabilitação física e psicológica. O Ministério afirmou que as tropas libertadas enfrentaram "perigo mortal" no cativeiro ucraniano.

No início de junho, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia mantinha 6.465 prisioneiros de guerra ucranianos. Já autoridades em Kiev relataram ter 1.348 soldados russos sob custódia.

A imagem mostra um grupo de homens sentados dentro de um ônibus. Alguns estão vestindo roupas militares, enquanto outros estão com roupas casuais. O ambiente parece iluminado pela luz natural que entra pelas janelas do ônibus. Alguns dos homens estão olhando diretamente para a câmera, enquanto outros estão conversando entre si.
Prisioneiros de guerra russos dentro de ônibus em local não revelado após troca com a Ucrânia - Handout/Ministério da Defesa da Rússia/AFP

Os Emirados Árabes têm atuado como importante mediador de questões internacionais —Abu Dhabi também atua como intermediário das conversas entre Israel e Hamas no Oriente Médio.

A troca foi vista por especialistas como forma de superar tensões recentes entre os dois países. Em janeiro, a Rússia acusou a Ucrânia de abater um avião de transporte militar pesado Iliuchin Il-76 perto da cidade de Belgorodo, no sudoeste do país. Segundo o Kremlin, todas as 74 pessoas morreram a bordo, 65 delas prisioneiros de guerra ucranianos que seriam trocados por russos.

Com Reuters e AFP

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