Steve Bannon chega à prisão para cumprir pena de 4 meses sob aplausos
Condenado por desacato ao comitê que apurou invasão do Capitólio, ex-conselheiro de Trump se diz 'prisioneiro político'
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Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump, apresentou-se na prisão na segunda-feira (1º) para cumprir uma sentença de quatro meses depois de ser condenado por desafiar uma intimação do Congresso, feita comitê que investigou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Um Bannon desafiador chegou a uma prisão federal de baixa segurança em Danbury, no estado de Connecticut, e falou com repórteres e com um grupo de apoiadores que o aplaudiam. Ele se autodenominou um "prisioneiro político" e disse que seus seguidores populistas de direita espalhariam sua mensagem enquanto ele cumpria sua sentença.
"Estou orgulhoso de ir para a prisão hoje", disse Bannon. "Não tenho apenas nenhum arrependimento, estou orgulhoso do que fiz."
Bannon perdeu na última sexta-feira (28) uma tentativa de última hora de evitar a prisão quando a Suprema Corte rejeitou seu pedido de adiamento da sentença enquanto ele esgota o processo de apelação de sua condenação.
Ele foi condenado a quatro meses após ser considerado culpado em 2022 de dois crimes de desacato ao Congresso. As acusações se referiam à recusa de Bannon em entregar documentos e em testemunhar perante um comitê da Câmara liderado pelos democratas, que investigava a invasão do Capitólio.
Bannon foi um conselheiro-chave na campanha presidencial de Trump em 2016, depois serviu como seu principal estrategista na Casa Branca em 2017 antes de uma desavença entre eles que mais tarde foi resolvida.
O americano criou um projeto chamado "O Movimento", para unir líderes populistas de direita pelo mundo. No Brasil, ele é próximo da família Bolsonaro e chegou a nomear o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, como seu representante no país.
Ele já afirmou que Jair Bolsonaro é um "grande herói", fez insinuações sobre os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e disse ter fascínio pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Este não é o processo mais grave em que Bannon está envolvido. Ele foi preso em agosto de 2020 sob acusações de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração devido a irregularidades na arrecadação de recursos para construir o muro que separa EUA e México, bandeira de campanha de Trump.
O estrategista pagou fiança de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões) e foi liberado em seguida, para responder em liberdade. Em 20 de janeiro de 2021, horas antes de passar o cargo de presidente para o democrata Joe Biden, Trump concedeu, durante a madrugada, perdão presidencial a Bannon e a outros 142 aliados.
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