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Descrição de chapéu Eleições na Venezuela

Oposição na Venezuela diz que centros de votação não estão enviando resultados

Campanha de Edmundo González afirma que suas testemunhas não estão podendo acessar atas eleitorais; militares sugerem que Maduro ganhou, e multidão já celebra em Caracas

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Caracas

Enquanto os venezuelanos aguardam o resultado oficial das eleições deste domingo (28), a principal coalizão opositora cantou vitória e afirmou que alguns centros de votação no país não estão transmitindo os seus resultados para o Conselho Nacional Eleitoral.

No comando da campanha de Edmundo González, candidato à sombra da líder María Corina Machado, a oposição também afirmou que suas testemunhas nos centros de votação estão sendo impedidas de acessar as atas das urnas de votação, algo previsto na legislação eleitoral.

A presidente do partido Encuentro Ciudadano, Delsa Solórzano, fala à imprensa em nome da aliança da oposição venezuelana - Raul Arboleda - 28.jul.24/AFP

Mas cantou vitória ao dizer que as atas até aqui emitidas permitem dizer que houve uma vitória do antichavismo.

"Dissemos desde o começo: falaremos com a verdade. Hoje a Venezuela já sabe o que aconteceu. [Foi] o reflexo de uma campanha eleitoral maravilhosa, acompanhada por milhões de pessoas", disse a ex-deputada Delsa Solorzano, do comando de campanha.

"A Venezuela hoje pode celebrar em paz o exercício da democracia. Mas parece haver alguns que não querem que isso ocorra. Como já fizeram."

Representantes da oposição se revezavam em discursos. Aproximando-se da meia-noite local, o ex-presidente do Legislativo Omar Barboza voltou a pedir que as Forças Armadas "pesem na Venezuela, no seu futuro e na paz" e disse que muitos países da América Latina "tampouco vão reconhecer os resultados sem as atas".

"Todos sabemos o que ocorreu hoje. Nos dirigimos ao país e às autoridades para solicitar em nome da paz que não destruam a construção cívica por uma precipitação autoritária."

Já do lado chavista, o chanceler Yvan Gil afirmou que a Venezuela é alvo de "uma operação de intervenção contra o processo eleitoral". Acusou países como Argentina, Costa Rica, Paraguai e Uruguai de serem parte disso. Antes, a cúpula militar do país fez declarações que dão a entender que Nicolás Maduro será declarado vencedor.

"Foi pelo consenso nacional da construção diária da paz como valor que o povo votou e para condenar as sanções criminosas do imperialismo americano que tantos danos trouxe ao povo da Venezuela", afirmou Vladimir Padrino López, ministro da Defesa.

"Podemos dizer antes mesmo de saber os resultados que o povo se levantou com muita força e contundência para rechaçar e exigir o fim das sanções", afirmou.

Mais cedo o candidato da oposição, Edmundo González, repetiu seus comentários sobre acreditar que os militares fariam que "a vontade do povo nas urnas" fosse respeitada. A era chavista na Venezuela prega o que chama de uma união civil-militar.

Há um clima generalizado de tensão no país. No Palácio de Miraflores, sede da Presidência, uma multidão já celebra o que acredita ser a vitória de Nicolás Maduro.

A oposição tem trabalhado com essa espécie de contagem paralela que pretende fazer com as atas das urnas que suas testemunhas eleitorais estão enviando. A divulgação a princípio seria depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgar os números oficiais, já que qualquer sondagem antes é proibida.

Ao longo dos últimos dias Maduro disse repetidamente que apenas o resultado da autoridade eleitoral é o válido e será reconhecido por ele. Também afirma com recorrência que a oposição planeja não reconhecer os resultados e acusar que houve fraude.

Este texto está em desenvolvimento.

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