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Descrição de chapéu imigrantes

Dezesseis estados republicanos processam governo Biden por medida pró-imigrantes

Programa anunciado em junho garante mais proteção para pessoas em situação ilegal e que são casados com americanos

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São Paulo

Estados liderados por republicanos processaram nesta sexta-feira (23) o governo do presidente Joe Biden devido à implementação de um programa que garante mais proteção para centenas de milhares de imigrantes em situação ilegal no país, mas que são casados com cidadãos americanos.

No total, 16 estados participam da ação. A justificativa é de que o programa, que começou a aceitar inscrições na segunda-feira (19), desrespeita a lei de imigração dos Estados Unidos. O processo ainda acusa a administração Biden de driblar o Congresso, ao implementar a medida, para obter ganhos políticos. Também pede uma liminar para que o projeto seja suspenso imediatamente.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversa com o ex-presidente Barack Obama no Peacock Theatre, em Los Angeles, na Califórnia - Reuters

A política, anunciada em junho, poderá beneficiar cerca de 500 mil cônjuges sem documentos, tornando-se a medida mais abrangente em relação ao tema em pelo menos uma década. Os contemplados serão protegidos da deportação e poderão trabalhar legalmente em território americano.

O programa visa àqueles que se casaram com um cidadão americano, o que geralmente oferece um caminho para a cidadania, mas cruzaram a fronteira sul ilegalmente em vez de chegar ao país com um visto. Normalmente, essas pessoas precisam retornar aos países de origem para aguardar o processo de obtenção de um green card. Os contemplados devem ter pelo menos dez anos de residência nos EUA.

Com a nova política, os cônjuges poderão solicitar residência permanente sem sair dos EUA, eliminando um processo potencialmente longo, evitando a separação familiar e abrindo caminho para obter um status legal perto de suas famílias. "Essas ações promoverão a união familiar e fortalecerão nossa economia", disse a Casa Branca em comunicado divulgado em junho, quando a medida foi anunciada.

Os republicanos fazem da imigração ilegal o foco da eleição presidencial de 5 de novembro, na qual o ex-presidente Donald Trump, um republicano, enfrentará a candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris, responsável por lidar com o tema durante o governo Biden.

A America First Legal, uma organização jurídica conservadora e liderada pelo conselheiro de Trump, Stephen Miller, atuou como coadjuvante no processo contra a atual administração.

Miller, apontado como articulador de políticas restritivas implementadas por Trump durante sua Presidência (2017-2021), chamou o programa de Biden de "descaradamente ilegal". Já Angelo Fernandez Hernandez, porta-voz da Casa Branca, disse que a ação judicial tem como objetivo separar as famílias e "vai contra os valores da nação".

Um dos estados que processa o governo Biden é o Texas, cujo governador é o republicano Greg Abbott e que tem entrado em conflito com a administração democrata nos tribunais em temas relacionados à imigração e à fronteira.

Em julho, um tribunal federal disse que o Texas poderia manter uma barreira flutuante no Rio Grande que busca impedir travessias ilegais de imigrantes vindos do México.

Além do Texas, o processo foi movido pelo estado de Idaho juntamente com 14 procuradores-gerais estaduais do Alabama, Arkansas, Carolina do Sul, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Flórida, Geórgia,
Iowa, Kansas, Louisiana, Missouri, Ohio, Tennessee e Wyoming.

Com Reuters

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