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Descrição de chapéu Eleições na Venezuela

Papa Francisco pede que partes busquem a verdade nas eleições da Venezuela e evitem violência

'Resolvam as controvérsias por meio do diálogo', diz pontífice, sem citar Maduro e González

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Cidade do Vaticano | AFP

O Papa Francisco instou as partes envolvidas no impasse que sucedeu a contestada reeleição do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, a buscar a verdade e evitar a violência.

"Faço um apelo sentido a todas as partes para que busquem a verdade, ajam com moderação, evitem qualquer tipo de violência, resolvam as controvérsias por meio do diálogo e tenham no coração o verdadeiro bem da população e não os interesses partidários", disse o pontífice após a oração dominical do Angelus a uma multidão reunida na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Papa Francisco acena da janela do Palácio Apostólico para a praça de São Pedro, no Vaticano - AFP

Após as eleições de 28 de julho, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela) afirmou que Maduro conseguiu votos suficientes para um terceiro mandato. No entanto, o órgão, controlado pelo chavismo, não apresentou as atas que comprovariam a vitória.

A oposição, que acusa o regime de fraude, apresentou as atas que recolheu no pleito e afirmou que o principal adversário do ditador, Edmundo González, venceu a eleição.

A divergência respingou na região na última semana.

Países como Estados Unidos, Costa Rica, Equador, Peru e Uruguai afirmam que houve fraude e não reconhecem a vitória do chavista. A Argentina chegou também a declarar que considerava González o presidente eleito, mas depois recuou e afirmou que aguardaria pela divulgação das atas.

O Brasil, por sua vez, pediu em uma nota conjunta com México e Colômbia nesta quinta-feira (1º), a divulgação de atas e uma verificação imparcial dos resultados do pleito.

Nos últimos dias, manifestações contra Maduro lotaram ruas do país. "Nunca estivemos tão fortes", disse a principal líder opositora, María Corina Machado, em um protesto no bairro de Las Mercedes, em Caracas, no início da tarde deste sábado (3).

Segundo a contagem mais recente da Foro Penal, ONG que fornece assistência jurídica gratuita a presos políticos, 939 pessoas foram detidas desde segunda-feira (29), das quais 89 adolescentes, e 11 foram mortas. A entidade acusa o regime de Maduro de prisões massivas e indiscriminadas.

O regime divulgou já ter prendido 1.200 pessoas. Maduro também convocou seus apoiadores a irem às ruas. Neste sábado (3), uma caravana de dezenas de motociclistas pró-ditador percorreu as ruas do município de Sucre, no estado de Miranda, perto de Caracas. Manifestações em apoio ao governo e à oposição também foram registradas em várias outras cidades.

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