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Coreia do Norte faz primeiro lançamento de mísseis em dois meses, diz Sul

Japão, EUA e Coreia do Sul se comprometeram a responder a provocações, diz Ministério das Relações Exteriores de Seul

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Reuters

A Coreia do Norte disparou mísseis balísticos de curto alcance nesta quinta-feira (12), segundo Seul, no que seria o primeiro lançamento do tipo em mais de dois meses. O último disparo do país havia ocorrido no dia 1º de julho, quando Pyongyang disse ter testado com sucesso um novo armamento capaz de transportar uma ogiva de 4,5 toneladas.

De acordo com os chefes de Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, o lançamento mais recente partiu da capital, por volta das 7h10 (noite de quarta em Brasília), e os mísseis percorreram cerca de 360 quilômetros antes de mergulharem no mar. Não se sabe quantos projéteis teriam sido disparados.

Noticiário na televisão de uma estação de trem em Seul exibe imagens de arquivo de um teste de mísseis da Coreia do Norte - AFP

"Condenamos veementemente o lançamento de mísseis da Coreia do Norte, uma clara provocação que ameaça seriamente a paz e a estabilidade na península coreana", disseram os militares em um comunicado.

Em uma entrevista coletiva, um porta-voz militar sul-coreano disse que a ação pode ser uma resposta aos recentes exercícios militares entre Seul e Washington ou um teste de mísseis para exportação para a Rússia —Pyongyang é acusada por diversos países de fornecer armas a Moscou, incluindo drones e mísseis balísticos, para serem usadas na Guerra da Ucrânia.

Em um relatório divulgado nesta semana, a Conflict Armament Research, uma organização sediada no Reino Unido que rastreia a origem das armas usadas em conflitos, afirmou ter encontrado a primeira evidência pública de que mísseis produzidos este ano na Coreia do Norte estavam sendo usados no conflito.

"A descoberta de uma marca de produção de 2024 em um dos projéteis revela um curto período entre a produção desses mísseis balísticos e seu uso na Ucrânia", disse a entidade. Moscou e Pyongyang negam as acusações, mas se comprometeram a aumentar a cooperação militar e assinaram uma parceria estratégica em uma cúpula em junho.

Funcionários do Japão, dos Estados Unidos e da Coreia do Sul conversaram por telefone após o lançamento desta quinta, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Seul.

"Os três países condenaram o lançamento de mísseis balísticos pela Coreia do Norte como uma clara violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma séria ameaça à paz e estabilidade da Península Coreana e à comunidade internacional", afirma a nota. Eles também se comprometeram a responder a quaisquer provocações de Pyongyang.

A ação ainda fez o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, manifestar-se. "Continuamos a fazer todos os esforços para monitorar e cooperar com os Estados Unidos e a Coreia do Sul", disse Kishida, que, na semana passada, visitou Seul para reafirmar seus laços com Seul antes de renunciar.

Na segunda-feira (9), o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou durante um evento em comemoração ao aniversário da fundação da Coreia do Norte que o país está implementando uma política para aumentar exponencialmente o número de armas nucleares e garantir que elas estivessem prontas para uso "a qualquer momento".

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