Coreia do Norte lança dois mísseis balísticos e um deles cai, segundo Seul

Pela trajetória, destroços devem ter se espalhado em território norte-coreano, afirma Coreia do Sul; regime em Pyongyang não se manifesta

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São Paulo

A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos nesta segunda-feira (1º), e o segundo projétil pode ter falhado e explodido em pleno voo, possivelmente lançando destroços no interior do país, de acordo com as Forças Armadas da Coreia do Sul.

O primeiro míssil balístico, de curto alcance, foi lançado às 5h05 locais (17h05 de domingo em Brasília) e o segundo quase 10 minutos depois, segundo o Estado-Maior Conjunto (EMC) sul-coreano em um comunicado.

"O míssil balístico de curto alcance (...) voou aproximadamente 600 km, e o segundo percorreu 120 km", indicou o EMC.

Duas pessoas estão assistindo a uma televisão que exibe o lançamento de um míssil. A imagem na TV mostra o míssil sendo lançado em um ambiente arborizado. No canto superior direito da tela, há um apresentador de notícias. Na parte inferior da tela, há uma faixa vermelha com texto em coreano. O logotipo do canal YTN está no canto superior direito da tela.
Pessoas assistem ao noticiário na TV, com imagens de um teste anterior de míssil norte-coreano, em uma estação de trem em Seul, capital da Coreia do Sul - Jung Yeon-je - 1º.jul.24/AFP

O porta-voz do EMC, Lee Sung-jun, disse que o segundo míssil parecia ter um voo anormal na fase inicial do percurso e explodiu durante a sua subida. Por sua trajetória, tudo indica que os destroços caíram em uma área próxima à capital do Norte, Pyongyang, mas Lee disse que o Exército não podia fornecer detalhes.

"As nossas Forças Armadas reforçaram a vigilância e preparação para possíveis novos lançamentos", afirmou o EMC no comunicado. As informações sobre o incidente foram compartilhadas com Estados Unidos e Japão.

A Coreia do Sul ainda estava analisando o lançamento e se houve alguma vítima ou dano a propriedades norte-coreanas, disse o porta-voz militar Lee Sung-joon em uma entrevista coletiva.

Até o momento, a agência oficial norte-coreana KCNA não havia comentado o anúncio de Seul.

Os sul-coreanos disseram que observam lançamentos de mísseis do Norte desde a fase de preparação e rastreiam o projétil em voo.

"Condenamos veementemente o lançamento de mísseis da Coreia do Norte como uma provocação que ameaça seriamente a paz e a estabilidade na península coreana", disse o Estado-Maior Conjunto.

Segundo Seul, o primeiro míssil disparado parecia ser semelhante ao balístico de curto alcance KN-23 norte-coreano, que se acredita ter sido usado pela Rússia contra a Ucrânia.

A Coreia do Norte é suspeita de fornecer mísseis balísticos e projéteis de artilharia para Moscou. Ambos os países negam, apesar de um pacto assinado recentemente que inclui compromisso de apoio militar mútuo em caso de agressão de outro país.

O lançamento ocorre dias após a Coreia do Norte afirmar que testou com sucesso um míssil de múltiplas ogivas, que a Coreia do Sul garante ter explodido durante o voo.

Segundo a KCNA, na ocasião, o teste tinha como objetivo colocar à prova uma tecnologia que possibilita o lançamento de diferentes projéteis, cada um com um alvo diferente, a partir de um mesmo míssil.

A versão da Coreia do Sul é diferente. Seul afirma que seu vizinho lançou o que parecia ser um míssil hipersônico na quarta-feira (26), mas o projétil explodiu no ar. O Ministério da Defesa japonês reiterou o aliado, afirmando que o míssil caiu no Mar do Japão após percorrer mais de 200 quilômetros.

No mesmo dia, os Estados Unidos se uniram aos dois países para condenar o lançamento e afirmar que o teste viola resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e representa uma séria ameaça à paz e estabilidade da região.

Com AFP e Reuters

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