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Descrição de chapéu União Europeia

Von der Leyen anuncia Comissão Europeia com 40% de mulheres e foco no verde

Mudanças climáticas são o pano de fundo das novas diretrizes, afirma presidente do bloco, reeleita para mais cinco anos; líder alemã se queixa de percentual feminino, abaixo da paridade

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Estrasburgo (França) | Reuters e AFP

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nomeou nesta terça-feira (17) a nova equipe para compor o braço executivo da União Europeia nos próximos cinco anos. Com 40% de mulheres nos postos, um dos focos será o combate às mudanças climáticas, além da segurança e crescimento econômico do bloco.

Há 11 mulheres (40%) na composição que Von der Leyen propôs, número aquém da paridade de gênero que ela almejava. A alemã disse, porém, que as indicações iniciais dos 27 Estados-membros atribuíam às mulheres apenas 22% dos cargos no Executivo da UE. "Era completamente inaceitável", afirmou Von der Leyen.

A ministra de Energia e Meio Ambiente da Espanha, Teresa Ribera, será a nova chefe de antitruste, encarregada de conter o poder das empresas de tecnologia e também de garantir que a UE alcance seus objetivos verdes.

"Todo o colégio [Comissão] está comprometido com a competitividade", disse Von der Leyen em entrevista coletiva, "com o objetivo de construir uma economia descarbonizada e circular, com uma transição justa para todos". As mudanças climáticas "são o pano de fundo principal de tudo o que estamos fazendo".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresenta nomes sugeridos para o colégio de comissários europeus em Estrasburgo, França - Reuters

O lituano Andrius Kubilius será o primeiro comissário de Defesa da UE, com o novo cargo destinado a fortalecer a capacidade de fabricação militar europeia diante da Guerra da Ucrânia. Em comparação com seu primeiro mandato de cinco anos, "o tema da segurança tem muito mais impacto", disse Von der Leyen.

A Comissão Europeia tem o poder de propor novas leis da UE, bloquear fusões entre empresas e assinar acordos de livre comércio.

Todos os candidatos passarão por sabatinas com os legisladores do Parlamento Europeu, que precisam aprovar suas nomeações, nas próximas semanas.

Cada um dos 27 Estados-membros terá um assento à mesa da Comissão, um cargo comparável ao de um ministro do governo, embora seu peso político varie muito dependendo da pasta.

Os dois maiores países da UE têm cargos de destaque na Comissão —Von der Leyen é alemã, e o ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, será responsável pela estratégia industrial.

O nome de Séjourné surgiu após o pedido de demissão, na segunda-feira (16), de Thierry Breton, até então considerado garantido para o posto, mas que entrou em conflito com Von der Leyen.

O indicado da Polônia, Piotr Serafin, foi nomeado para o estratégico cargo de supervisão do orçamento.

QUESTÕES POLÊMICAS

Cargos-chave foram concedidos a Estados menores. Kaja Kallas, da Estônia, será responsável pela política externa, sendo uma das líderes europeias mais críticas à Rússia e apoiadora das tentativas da Ucrânia de ingressar na UE e na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Maros Sefcovic (Eslováquia) supervisionará políticas comerciais, Wopke Hoekstra (Países Baixos) lidará com políticas climáticas, Valdis Dombrovskis (Letônia) cuidará da economia, e Henna Virkkunen (Finlândia) supervisionará soberania tecnológica, segurança e democracia.

A próxima Comissão da UE deverá assumir o cargo até o final do ano, o que significa que uma de suas primeiras tarefas será lidar com o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.

Uma segunda Presidência de Donald Trump poderia alterar a unidade ocidental no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e desestabilizar as relações comerciais entre a União Europeia e os americanos.

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