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Datafolha mostra aprovação a Tarcísio, que se sai melhor longe do bolsonarismo

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Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo - Bruno Santos/Folhapress

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Eleito governador de São Paulo sem passar por escrutínio anterior das urnas, Tarcísio de Freitas (Republicanos) inicia sua gestão com baixo índice de reprovação para tempos de polarização política. É o que aponta a pesquisa Datafolha realizada perto dos primeiros cem dias de mandato.

Somente 11% dos paulistas aptos a votar consideram sua gestão ruim ou péssima —o que é digno de nota, dado que seu adversário no segundo turno da disputa ao Bandeirantes, Fernando Haddad (PT), teve 44,7% dos votos válidos.

Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura lançado na política por Jair Bolsonaro (PL), marca 39% de avaliação regular e 44% de aprovação. Resta ao atual governador, de todo modo, o desafio de conferir identidade ao quadro ainda em branco de sua administração.

As expectativas dos entrevistados são mais nebulosas —64% acham que ele não cumprirá a maioria de suas promessas, e 8%, que não cumprirá nenhuma delas.

Tarcísio apresentou um bom cartão de visitas na reação rápida, e integrada à de seu rival Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à tragédia provocada pelas chuvas no litoral.

Também compreendeu a herança recebida, um estado com contas orçamentárias saneadas após quase três décadas de continuidade administrativa sob o PSDB.

Assim, buscou acelerar a finalização do Rodoanel e abraçou uma agenda de privatizações ambiciosa. Aqui, terá dificuldades com seu principal plano, a venda da estatal de saneamento Sabesp, que tem a oposição de 53% dos paulistas.

Há que superar ainda o atraso na qualidade da educação, deficiência das gestões tucanas, e os problemas na reforma do ensino médio.

Tarcísio enfrentou adversidades com a inexperiência, como na condução atabalhoada de uma greve de metroviários, e escorregou ao sugerir que o autismo tinha cura.

Saiu-se melhor sempre que buscou afastar-se do núcleo ideológico do ex-presidente —ao manter as câmeras corporais na PM, por exemplo. Já disse não ser "bolsonarista raiz" e tem um experiente articulador como bússola política.

Seu secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), busca distância do radicalismo de Bolsonaro, o que já se reflete na ida do Republicanos para um bloco liderado por PSD e MDB na Câmara.

A meta é tornar Tarcísio presidenciável. Se terá sucesso, é insondável, mas o plano por óbvio depende de uma gestão bem avaliada.

editoriais@grupofolha.com.br

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