Siga a folha

'São réplicas', diz Jaques Wagner sobre relógios apreendidos

Petista foi alvo de operação de investiga suposto recebimento de R$ 82 mi em propina

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Salvador

Em um ato de solidariedade do PT e partidos aliados realizado na noite desta segunda-feira (27), o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou que os relógios apreendidos pela Polícia Federal em seu apartamento são réplicas de originais.

“Como eu fui algumas vezes à China, eu comprei alguns relógios de réplica, chineses. Eu gosto de relógio, mas não ligo para marca. Esse aqui mesmo é uma réplica”, disse, apontando para um relógio que carregava no pulso esquerdo.

O ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) - Alan Marques - 15.fev.2015/Folhapress

A Polícia Federal apreendeu 15 relógios, além de celulares, computadores e documentos do ex-governador Jaques Wagner em busca e apreensão realizada na manhã de segunda-feira no âmbito da Operação Cartão Vermelho.

Segundo a Polícia Federal, Wagner teria recebido R$ 82 milhões das empreiteiras OAS e Odebrecht pelo superfaturamento do contrato de reconstrução e gestão do estádio da Fonte Nova. O petista nega as acusações.

Wagner ainda afirmou que a delegada da Polícia Federal se precipitou ao falar que os relógios apreendidos eram luxuosos: “Espero que ela faça a perícia para constatar”.

O presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, Edson Vismona, afirma que, embora não haja um entendimento consensual, há interpretações do Código Penal que entendem a aquisição de produtos falsos como crime de receptação. 

 
Contudo, no Brasil, não há situação de punição para consumidores. "Mas é lamentável um ex-governador de Estado adquirindo produtos falsos", diz.
 

'INJUSTIÇADO' 

Jaques criticou a Polícia Federal e afirmou que, com a operação, passa a fazer parte da “galeria dos injustiçados”. E citou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli como outro injustiçado.

“É um absurdo. A investigação da Petrobras tem quantos anos? Até hoje não acharam um risco que contaminasse José Sérgio Gabrielli”, disse.

Wagner ainda relacionou a operação ao fato de seu nome ser cogitado como plano B para disputar a Presidência da República pelo PT.

E comparou a sua situação a do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), indiciado sob suspeita de uso de caixa dois na campanha para a prefeitura em 2012: “No caso dele, pau. No meu, a mesma coisa”.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas