Não existe superfaturamento em parceria público-privada, diz Wagner

Segundo a PF, petista recebeu R$ 82 milhões de OAS e Odebrecht na reconstrução da Arena Fonte Nova

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Salvador

O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), negou ter recebido recursos ilícitos de empreiteiras e afirmou que não houve superfaturamento obras de reconstrução da Arena Fonte Nova.

“Repilo a ideia de receber propina. Nunca pedi nem nunca recebi propina. Eu não peço e não autorizo ninguém a pedir qualquer tipo de reciprocidade por obras feitas”, disse o petista.

O ex-governador da Bahia Jaques Wagner gesticula enquanto fala
O ex-governador da Bahia Jaques Wagner - Alan Marques - 15.fev.2015 / Folhapress

Segundo a Polícia Federal, Wagner teria recebido R$ 82 milhões das empreiteiras OAS e Odebrecht pelo superfaturamento do contrato de reconstrução e gestão do estádio da Fonte Nova. As suspeitas fazem parte do inquérito da Polícia Federal, que cumpriu na manhã desta segunda-feira (26) mandados de busca e apreensão em sete endereços em Salvador no âmbito da Operação “Cartão Vermelho”.

Jaques Wagner afirmou que há uma incompreensão da Polícia Federal e do Tribunal de Contas do Estado da Bahia do que é uma PPP (Parceria Público-Privada).

“Em PPP, não existe a figura do superfaturamento, como se está se insistindo em falar”, disse o ex-governador, ressaltando que a parceria foi precedida de consulta pública.

Ele afirmou ser uma “aberração” a Polícia Federal afirmar que houve direcionamento por causa da exigência de expertise em demolição. E disse “estranhar” o fato de a operação da Polícia Federal acontecer cinco anos depois do início do inquérito.

Sobre os 15 relógios apreendidos, Wagner negou que eles sejam luxuosos. “Se tiver é um ou outro que tem um valor um pouco maior. A maioria dos relógios são absolutamente simples. Eu gosto de relógios, mas não tem nenhum valor ali de luxo”, disse

Ele ainda questionou o fato de a delegada afirmar que os objetos são luxuosos antes de eles serem periciados.

Os advogados do ex-governador Jaques Wagner, Thiago Campos e Pablo Domingues, questionaram a competência da Justiça Federal em apreciar o caso, alegando que as obras eram tocadas com recursos do governo do Estado.

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