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Posse se torna desagravo de secretário expulso do PSDB

Com tucanos com história no partido, evento ganhou peso político simbólico

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São Paulo

A posse de João Cury como secretário de Educação do governo Márcio França (PSB) nesta quinta-feira (26) se tornou um ato de desagravo do ex-prefeito de Botucatu, que foi expulso do PSDB.

O presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, expulsou Cury na segunda (23), depois de o ex-tucano decidir que não tentaria se eleger deputado federal pelo PSDB para ocupar a secretaria estadual.

Tobias está alinhado com o ex-prefeito João Doria (PSDB), que deve disputar a eleição para o governo paulista com França. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) tentou evitar o palanque duplo, mas, sem sucesso, viu sua base rachar em São Paulo.

França assumiu o Palácio dos Bandeirantes depois de Alckmin deixar o cargo para disputar a Presidência. Com isso, o PSDB e o PSB romperam no estado, e Doria e França têm trocado críticas publicamente.

Se houver recurso da expulsão, será arbitrada por Alckmin, presidente nacional do PSDB.

Com a presença de tucanos com história no partido como Barjas Negri e Alberto Godlman, que permaneceu sentado no palco, e secretários de Alckmin que permaneceram na gestão (Marcos Monteiro e João Carlos Meirelles), o evento ganhou peso político simbólico. 

Na cerimônia, em um auditório com mais de mil pessoas, outros tucanos críticos ao ex-prefeito estavam presentes como o deputado estadual Carlos Bezerra Jr., além do federal Floriano Pesaro. Foram ouvidos gritos contra Tobias.

Em seu discurso, França elogiou Cury. "Você estará na companhia das pessoas que foram perseguidas, expulsas, exiladas, estará na companhia de Mario Covas, Miguel Arraes, Teotonio Vilela, das pessoas que acreditaram e lutaram. E por isso ninguém merece ser punido. Ao contrário, devem ser exaltados, que é o que estamos fazendo aqui hoje, exaltando a sua coerência", declarou.

França disse que a filiação partidária do novo secretário não era empecilho para sua nomeação, "ao contrário, é motivo de satisfação. Do mesmo que jeito que eu, de outro partido, servi ao governo do PSDB muitas vezes".

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