Contrária à reeleição, Marina diz que só governará por quatro anos se eleita
Segundo pré-candidata, políticos atualmente fazem apenas o necessário para se reeleger
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A pré-candidata à Presidência pela Rede, Marina Silva, afirmou que, se eleita, pretende aprovar uma reforma política que acabe com a reeleição. Prometeu também ficar somente quatro anos no poder.
"A reeleição virou um grave problema. Presidente, governadores e prefeitos não fazem o necessário para o país, mas o necessário para se reeleger", disse à imprensa durante o 35º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte.
Marina defendeu uma reforma política que defina o fim da reeleição, o voto distrital misto e o mandato de cinco anos a partir de 2022. Ela quer ainda o fim do que chama de "monopólio dos partidos", para que possa haver candidatos independentes.
Para Marina, é preciso criar um intervalo na sequência de governos de grandes partidos. "Sei que PT, PMDB, PSDB, DEM, os grandes partidos, tiveram uma chance e se perderam num projeto de poder pelo poder. [...] O povo brasileiro é maior do que o dinheiro que pagou marqueteiro a preço de ouro para embanar o Brasil."
A pré-candidata também afirmou que seu governo não terá troca de favores. "Seremos um governo de proposição. A maioria do Congresso vai ser com base no programa. A composição do governo, com base no programa e jamais com base no toma lá, dá cá."
Marina voltou a defender a quebra da polarização, que segundo ela levou o país para a crise política. "Tem gente que quer reeditar a polarização, mas ela não está intacta, eu apareço em segundo nas pesquisas", disse.
A respeito de alianças com partidos e definição de vice em sua chapa, ela afirmou apenas que o diálogo está aberto e que conversa com partidos que têm a mesma identidade que a Rede.
Marina discursou para centenas de prefeitos, vereadores e secretários reunidos no 35º Congresso Mineiro de Municípios antes de falar com a imprensa.
Bastante aplaudida ao final, ela defendeu, como outros pré-candidatos que também participaram do evento, a descentralização de recursos e responsabilidades e maiores verbas aos municípios por meio de tributos.
Bastante aplaudida ao final de sua fala, Marina também fez uma crítica ao pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL), sem mencioná-lo. Bolsonaro defende o direito ao porte de armas e não esteve presente no evento.
"A questão da violência não se resolve apenas com polícia, mas com justiça social. É um erro achar que a defesa da vida e da segurança das pessoas pode ser feita por cada cidadão. O estado é que tem o monopólio da violência. Não vamos resolver o problema da segurança com mais violência", disse Marina.
Também discursaram os pré-candidatos Álvaro Dias (Podemos), Paulo Rabello de Castro (PSC), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB). As propostas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram defendidas pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT).
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