França nega acordo por neutralidade com PT e diz que Lacerda tem que respeitar o partido
Governador admite que deve perder apoio do PDT em São Paulo
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O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), disse que já admite a chance de perder o PDT de sua coligação na campanha à reeleição para o governo de São Paulo. O PSB confirmou sua candidatura em convenção neste sábado (4).
França disse aos jornalistas que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, telefonou na última quarta (1º), avisando que, com a decisão do PSDB de se manter neutro na disputa nacional, precisariam encontrar uma alternativa para viabilizar Ciro Gomes em São Paulo. Com isso, era provável que rompessem com o governador.
O pessebista disse que tem reunião marcada com os dirigentes paulistas do PDT ainda neste sábado para tratar da coligação. Ele diz que parlamentares pedetistas defendem a permanência na coligação com o PSB.
Na avaliação do governador, o PDT não tem muitas alternativas em São Paulo a não ser apoiar a sua candidatura. A não ser que lance um nome próprio para o governo —alternativa vista como improvável pelo pessebista.
O PDT anunciou o apoio a Márcio França uma semana antes de o PSB, em consenso com o PT, decidir não apoiar nenhum presidenciável. Os pedetistas indicaram que gostariam de emplacar o vice ou um dos candidatos a senador na chapa do governador, o que não aconteceu.
Ciro Gomes diz que a manobra foi golpista. "Ninguém pode falar em golpe e praticar um golpe. Como se sacrifica um homem como Márcio Lacerda (PSB)?", afirmou. Lacerda era aventado para ser vice do pedetista.
França negou que a decisão do PSB tenha partido de um acordo com os petistas: "O PT queria que a gente fosse com o PT. E eles sabiam que não havia número pra gente votar isso, porque São Paulo era contra e outros estados eram contra".
Caso o partido decidisse apoiar um nome, "a tendência era virar uma loteria", ele defende.
"Eu até que pensei que o ideal era lançar uma candidatura à presidente da república, mas todo mudo se sentiu inseguro", afirmou o governador, que defende o apoio a Geraldo Alckmin (PSDB), seu antecessor no Palácio dos Bandeirantes.
Ele disse esperar um consenso de sua legenda, que fará convenção no domingo (5), "Se não conseguir, a decisão que o presidente Carlos Siqueira tomar será a correta."
Na quarta (1º), Siqueira, presidente nacional do PSB, decidiu retirar a candidatura do pessebista ao governo de Minas para beneficiar a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). A Lacerda foi oferecida uma vaga ao Senado na chapa petista, mas ele não aceitou e decidiu manter a candidatura a todo custo.
Neste sábado (4), a convenção do PSB de Minas Gerais, organizada por apoiadores de Lacerda para lançá-lo ao governo, terminou em confusão.
Questionado sobre o episódio mineiro, França afirmou que "não cabe todo mundo" nas costuras de candidaturas nacionais e que é preciso respeitar as determinações do partido
"Pelo que me disse o presidente Carlos, o Márcio [Lacerda] havia dito a ele que não queria ser candidato em determinado momento. E depois, quando a situação se consolidou, acabou formatando de novo outros apoios que não estavam programados", comentou.
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