Não trato voto como herança, diz Marina Silva sobre espólio de Lula
Candidata reafirma que voto é livre e que dialoga com todos os segmentos da sociedade
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Em visita a agricultores na zona rural de São Paulo, Marina Silva disse nesta quarta-feira (22) que se recusa a traçar estratégia para herdar votos do ex-presidente Lula.
“Eu não trato os votos das pessoas como se fossem uma herança. O voto do cidadão é livre e ele vai dar a quem achar que é melhor para o Brasil”, afirmou a presidenciável, questionada por jornalistas sobre a pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta.
O levantamento mostrou que a candidata da Rede cresce em intenções de voto nos cenários sem o petista. Ela alcançou números considerados positivos também entre o eleitorado feminino e a população do Nordeste.
“A nossa prática é a de dialogar com todos os segmentos da sociedade, com mulheres, jovens, idosos, trabalhadores”, disse Marina diante de pergunta sobre os grupos que vai priorizar na campanha.
A candidata conheceu uma cooperativa agroecológica em Parelheiros (zona sul) acompanhada de seu vice, Eduardo Jorge (PV). Eles conversaram com produtores de alimentos orgânicos e ouviram pleitos.
Em resposta a queixas de moradores, ela disse que é preciso garantir ao setor assistência técnica e acesso ao crédito, além de ampliar programas de aquisição de alimentos e abrir escolas técnicas agrícolas.
A presidenciável defendeu apoio do governo “a uma agricultura diversificada, com o agronegócio, o agricultor familiar, os extrativistas”.
“É perfeitamente possível [conciliar agricultura familiar com o agronegócio]. Há lugar para os dois. Eles são fundamentais na geração de emprego e renda”, afirmou.
Marina aproveitou o cenário verde para gravar vídeos para sua campanha e também para candidatos da Rede no estado, como Pedro Henrique de Cristo, postulante ao Senado, e Zé Gustavo, que tenta uma cadeira de deputado federal.
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