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Descrição de chapéu Eleições 2018

Prometer mudança sem articulação política é mentira, diz Alckmin

Tucano defendeu aliança com o centrão e diz que 'todos os partidos têm boas pessoas'

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Isabel Fleck Joana Cunha
São Paulo

Ao defender a aliança feita com os partidos do chamado centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD), o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, disse, nesta quarta (8), que quem diz que vai fazer mudança sem se coordenar com outras siglas está mentindo.

“Quem prometer mudança sem ter articulação política é mentira”, afirmou, em evento promovido pelo BTG Pactual, para uma plateia de clientes e convidados, em São Paulo.

O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) durante durante encontro do BTG Pactual com presidenciáveis na Casa Fasano, na capital paulista - Ciete Silvério/Divulgação

​Bastante questionado na sabatina sobre a possível rejeição à aliança pelo eleitorado descrente da classe política, Alckmin disse concordar que “a política está no chão”, mas defendeu que “todos os partidos têm boas pessoas”. 

“Eu fui super elogiado porque escolhi a Ana Amélia, senadora do Rio Grande do Sul, premiadíssima. É do PP. Então você tem bons quadros em todos os partidos. Os partidos todos estão fragilizados”, disse. “O que vai valer nessa eleição? É a mensagem, a confiança.”

O ex-governador de São Paulo ainda alfinetou outros candidatos como Ciro Gomes (PDT) afirmando que “todo mundo” tentou fazer aliança com o centrão.

“É que eles não conseguiram, mas todo mundo correu atrás dos partidos, porque isso é necessário para ganhar eleição e para governar”, disse.

Alckmin, que conseguiu o maior tempo de propaganda em TV e rádio por causa do acordo com os cinco partidos, seguiu sustentando que ela será fundamental nesta eleição.

“A TV não ganha, ela complementa [as plataformas digitais] e vem num momento crucial”, disse.

Fazendo piadas e citando de Enéas ao poeta Olavo Bilac (1865-1918), Alckmin disse que não dará show para agradar o eleitorado.

“Ah, mas o Dr. Geraldo não dá pirueta no palco, é picolé de chuchu”, disse, arrancando risadas. “Quem tem que fazer show é o povo, governo é para funcionar. Eu sou da discrição.”

Álvaro Dias

O candidato Álvaro Dias, do Podemos, aproveitou seu tempo de exposição no mesmo evento para reiterar suas homenagens à Lava Jato e a promessa de combate à corrupção e aos privilégios, um dos principais motes de sua campanha.

Para reforçar a narrativa, Dias voltou a dizer que convidará o juiz Sérgio Moro para comandar o Ministério da Justiça caso seja eleito. O convite, no entanto, ainda não foi feito diretamente ao magistrado, tem apenas sido usado nos discursos do candidato.

Questionado por jornalistas se é contraditório com o discurso da campanha o fato de Moro pertencer a um grupo que também se beneficia de privilégios como o auxílio-moradia, Álvaro Dias respondeu que caberia a Moro responder a pergunta.

"Eu não causo a ele nenhum constrangimento. Ele não tem que responder a esse convite. Ele só responderá se eu chegar à Presidência da República", disse o candidato do Podemos.

Segundo Dias, por enquanto, trata-se apenas de "um convite público, emblemático" e que " tem o significado de dizer ao país que o nosso governo vai combater a corrupção, não apenas acabando com os privilégios mas adotando mecanismos de fiscalização para impedir a corrupção".

Ainda serão sabatinados nesta quarta os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB).

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