'É difícil mobilizar as pessoas para serem razoáveis', diz Marina
Candidata atribui queda nas pesquisas a propostas populistas de adversários
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A presidenciável Marina Silva (Rede) afirmou nesta terça-feira (11) ser difícil mobilizar eleitores para propostas "razoáveis", o que, para ela, impacta em seus resultados nas pesquisas de intenção de voto.
Marina minimizou a queda registrada tanto pelo Datafolha como pelo Ibope, mas disse ser afetada por propostas classificadas por ela como populistas.
"Aqueles que aparecem com o discurso de incitar a violência, aparentemente fácil. É muito difícil mobilizar as pessoas para dizer: 'Vamos ser razoáveis. Vamos debater. Vamos respeitar o outro'", disse ela, em sabatina do jornal O Globo, ao ser questionada sobre o desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas.
Para ela, esse cenário foi criado após "muitas decepções" com o PSDB e o PT.
Ela criticou os ataques entre os candidatos, o que, para ela, acirra a violência na campanha --concretizada no atentado a Bolsonaro. Apesar disso, não se furtou a criticar propostas de adversários.
"O ato [facada] desmoralizou a política de segurança do Bolsonaro. Não funcionou para ele, altamente protegido, por que vai funcionar para você, dona de casa, sozinha dentro de casa, para se defender?", disse ela.
Sem citar o nome de Geraldo Alckmin, também criticou a formação de amplas alianças.
"Não fazer alianças é escolha. Tem a ver com coerência. É fácil dizer ser contra a corrupção, mas ter 500 anos de Lava Jato no palanque", afirmou ela.
A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda o ex-governador Beto Richa (PSDB), candidato tucano ao Senado pelo Paraná, fato não mencionado pela candidata.
Marina também defendeu a candidatura quase solitária que mantém --tem aliança apenas com o PV. Ela diz que será possível governar mesmo sem ter acordo com as estruturas partidárias.
"Todos nós que resistimos à ditadura militar, se alguém dissesse que não tem como mudar isso. Imagina, até hoje seria ditadura. Não é assim mesmo, não vai ser assim mesmo. Vamos criar uma nova cultura política", disse ela.
A presidenciável disse que seu isolamento partidário se deve ao interesse das siglas em estrutura para campanha. Ela negou que não tenha atraído aliados em razão da falta de competitividade.
"Infelizmente no Brasil essa coisa de ser competitivo tem a ver com as estruturas, dinheiro, marqueteiro. Não é intenção de voto, porque na largada a gente estava na frente", afirmou.
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