Dono da Havan nega que tenha coagido funcionários para voto em Bolsonaro
Luciano Hang diz que deixará o país caso o PT vença a eleição
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Depois de causar polêmica nas redes sociais ao publicar um vídeo dizendo para seus funcionários que, caso o PT vença a eleição, a loja de departamento Havan pode deixar de criar empregos, o empresário Luciano Hang, dono da rede, ponderou.
Procurado pela Folha nesta segunda (1º), Hang afirmou que sua intenção não foi coagir seus empregados a votarem em Jair Bolsonaro (PSL), candidato que ele apoia e em cuja chapa chegou a ser cogitado para ser vice-presidente.
"Jamais coagi, até porque não é democrático você obrigar alguém a votar naquela pessoa que você quer. Você pode dizer em quem você acha que deve votar, mas nunca obrigar. Só tem duas opções agora: Bolsonaro ou PT. Eu vou rever o plano estratégico se a esquerda vencer e me preparar para deixar o país, como fizeram na Venezuela".
Segundo Hang, a Havan tem hoje 15 mil funcionários e planeja alcançar 30 mil em 2022, mas a condição para tal expansão seria a derrota do PT.
No vídeo, o empresário aponta que a empresa fez pesquisas de intenção de voto entre seus funcionários e concluiu que ainda há 30% de trabalhadores querendo votar em branco ou nulo.
"Depois não adianta mais reclamar. Se você não for votar, se anular o seu voto, se votar em branco, e depois do dia 7, lamentavelmente, ganha a esquerda e nós viramos uma Venezuela, vou dizer para vocês: até eu vou jogar a toalha", disse o empresário no vídeo endereçado aos funcionários.
Ainda para a câmera, Hang depois completa que a Havan vai repensar o planejamento e pode deixar de abrir mais lojas.
"Se não abrir mais lojas e se nós voltarmos para trás, você está preparado para sair da Havan? Está preparado para ganhar a conta da Havan? Você, que sonha em ser líder, gerente, crescer com a Havan, já imaginou que tudo isso pode acabar no dia 7 de outubro?", questiona ele na gravação.
Hang agora compara sua iniciativa à propaganda veiculada pelo Burger King no intervalo do debate dos presidenciáveis deste domingo (30).
"O Burger King foi na frente da loja dele e disse: se você votar em branco, como você quer reclamar do país? Se você não exerce o seu direito do voto e deixa para os outros escolherem aquilo que você tem que escolher, não adianta reclamar", disse Hang, avaliando o comercial da rede de fast-food como "fantástico".
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