Prisão sem prova fere lei para tentar exibir troféu, diz defesa de Temer
Advogado de ex-presidente afirma que houve grave atentado ao estado democrático e de direito
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O advogado Eduardo Carnelós, que defende o ex-presidente Michel Temer, divulgou nota na tarde desta quinta-feira (21) em que classifica a prisão do seu cliente como sendo um “dos mais graves atentados ao estado democrático e de direito no Brasil”.
“Os fatos objeto da investigação foram relatados por delator, e remontam ao longínquo primeiro semestre de 2014. Dos termos da própria decisão que determinou a prisão, extrai-se a inexistência de nenhum elemento de prova comprobatório da palavra do delator, sendo certo que este próprio nada apresentou que pudesse autorizar a ingerência de Temer naqueles fatos”, diz Carnelós.
A defesa diz que os fatos usados para a prisão de Temer são alvo de recurso que está em apreciação no Supremo Tribunal Federal.
“Aliás, tais fatos são também objeto de requerimento feito pela procuradora-geral da República ao STF (Supremo Tribunal Federal) e o deferimento dele pelo ministro Roberto Barroso, para determinar instauração de inquérito para apurá-los, é objeto de agravo interposto pela defesa, o qual ainda não foi julgado pelo Supremo”, diz o advogado.
Carnelós diz que a prisão de seu cliente serve como troféu e que as instâncias superiores do Judiciário devem rechaçar o que ele considerou “tamanho acinte”.
“Resta evidente a total falta de fundamento para a prisão decretada, a qual serve apenas à exibição do ex-presidente como troféu aos que, a pretexto de combater a corrupção, escarnecem das regras básicas inscritas na Constituição da República e na legislação ordinária."
Erramos: o texto foi alterado
Versão anterior deste texto trazia legenda em que classificava como jato o avião no qual Michel Temer embarcou após ser preso. Tratava-se de um avião turboélice. A legenda foi corrigida.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters