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Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Procuradoria diz que candidata entregou material de caixa 2 ligado a ministro do Turismo

Zuleide Oliveira, que disse à Folha ter sido laranja de Álvaro Antônio, confirmou relato em depoimento

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Brasília

O Ministério Público Federal informou na tarde desta terça-feira (23) que uma candidata do PSL entregou na sede do órgão santinhos e adesivos de sua campanha que não foram registrados na prestação de contas da legenda de Minas Gerais, presidido durante a eleição por Marcelo Álvaro Antônio, hoje ministro do Turismo.

Zuleide Oliveira afirmou à Folha em março ter sido chamada por Álvaro Antônio para ser laranja e para desviar dinheiro público. 

A então candidata Zuleide Oliveira com Marcelo Álvaro Antônio - Reprodução

O ministro do Turismo tem negado irregularidades e tem dito que seguiu a lei durante a eleição.

A candidata confirmou o relato em depoimento nesta segunda (22), em Pouso Alegre (MG), com detalhes sobre a reunião que diz ter tido com o político em 11 de setembro do ano passado.

O caso dos laranjas do PSL foi revelado pela Folha em fevereiro, em uma série de reportagens, também sobre candidaturas de fachada em Pernambuco.

Além do Ministério Público, a Polícia Federal investiga as denúncias.

De acordo com o informativo do MPF, Zuleide entregou 25 mil santinhos e também uma quantidade de adesivos veiculares de propaganda da candidata em dobradinha com Álvaro Antônio, que foi o deputado mais votado em Minas.

O material vai ser encaminhado ao órgão técnico de análise da prestação de contas eleitorais do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais). 

Segundo o MPF, "nem o PSL de Minas Gerais nem o PSL nacional registraram gastos com a campanha de Zuleide Oliveira". 

"O procurador regional eleitoral em Minas Gerais, Angelo Giardini, não descarta a realização de outras diligências para apuração dos fatos", diz a nota do Ministério Público.

Logo após as reportagens da Folha, o procurador solicitou ao TRE-MG o sobrestamento do julgamento das contas de campanha do PSL por oito meses. 

Em março, Giardini instaurou um procedimento para apurar indícios de caixa dois na campanha do partido em Minas.

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