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Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Menos dependente de concessões, Globo se resguarda em aval do Congresso

Renovação de licença no Brasil não depende do Executivo, e sim do Legislativo

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São Paulo

A Globo, que a partir de janeiro vai reunir numa só empresa a rede de TV aberta e outros ativos do grupo, ainda vê as suas cinco concessões (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Brasília) como importantes para o modelo de negócios, mas não como antes.

Hoje sua maior relevância estaria na sinergia entre concessão e conteúdo.

Por exemplo, concessionárias e também afiliadas —emissoras que fornecem parte da programação e a retransmitem, mas não são do grupo— garantem a ampla oferta de conteúdo que ajuda a diferenciar o streaming Globoplay de concorrentes como Netflix e Amazon.

E é a capilaridade da rede de concessionárias e afiliadas que permite inserções publicitárias de âmbito tanto nacional como local, em toda a programação.

Em live nas redes sociais no dia 30.out, Bolsonaro negou envolvimento no caso Marielle e atacou a TV Globo, ameaçando não renovar a concessão da emissora - Reprodução

Por outro lado, a Globo se vê resguardada das ameaças contra suas concessões porque a renovação, no Brasil, depende do Legislativo e não do Executivo.

Também porque avalia estar livre das eventuais justificativas legais para negar a renovação, como programação sem fins culturais ou atraso no pagamento de impostos.

Procurado, o consultor britânico Guy Bisson, da Ampere Analytics, afirmou que no médio prazo os chamados canais lineares, de TV aberta e paga, "se mantêm como o principal meio de assistir TV" —e no longo prazo devem continuar com um papel na transmissão ao vivo, para esportes e jornalismo.

Ou seja, as concessões seguem importantes, inclusive para manter independência.

"Mas há claramente mudanças políticas em muitas partes do mundo que vêm pressionando, ameaçando", diz. "Com certeza, posso vislumbrar redução de valor, mas não a ponto de imaginar que desapareçam."

Já o consultor brasileiro Omarson Costa vê as concessões perdendo significado com a eventual chegada da tecnologia 5G, para acesso móvel à internet.

Cita a proliferação de aplicativos de transmissão esportiva ao vivo em mercados como o americano, ainda sem 5G em grande escala, mas já com acesso mais rápido em todo o país.

De qualquer maneira, segundo ele, o mercado nacional ainda está distante do quadro nos EUA e, mais ainda, da implantação de rede 5G, que "atrasa, enrola, padrão Brasil".

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