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Saiba quem são os principais alvos da operação da PF contra atos antidemocráticos

Inquérito que investiga ataques ao STF chega perto do núcleo político do presidente Jair Bolsonaro

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Brasília

A lista de alvos da operação deflagrada nesta terça-feira (16) pela Polícia Federal sobre atos antidemocráticos atinge a estrutura organizacional do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos querem criar, além de empresários e blogueiros suspeitos de patrocinar e distribuir fake news.

Com isso, o inquérito que investiga ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) chega mais perto do núcleo político do presidente da República. Entre os alvos está Luís Felipe Belmonte, 2º vice-presidente do Aliança pelo Brasil e um dos principais financiadores do novo partido de Bolsonaro.

Além dele, outro nome importante da legenda bolsonarista foi alvo de busca e apreensão: o publicitário Sérgio Lima, que se diz marqueteiro do Aliança.

A relação de atingidos pela ação autorizada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes mistura ainda investigados em outro inquérito da corte, o das fake news, como o blogueiro Allan dos Santos e o empresário Otávio Fakhoury.

Veja abaixo quem são alguns deles e qual o seu papel dentro do círculo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Luís Felipe Belmonte dos Santos
Um dos fundadores do Aliança pelo Brasil. Com patrimônio declarado de R$ 65 milhões, disputou a eleição de 2018 como suplente de Izalci Lucas (PSDB), que se elegeu ao Senado. A mulher dele, Paula Belmonte (Cidadania-DF), também foi candidata e conquistou uma vaga na Câmara. Além de candidato, foi um dos mecenas da última eleição. No total, doou R$ 3,95 milhões –o segundo maior doador do país— a 33 candidatos.

O advogado se aproximou do presidente Bolsonaro por meio da advogada Karina Kufa. Juntos, montaram a operação para fundar o Aliança. Ele é o terceiro na hierarquia do partido —do qual é 2º vice-presidente— e apontado como um dos principais financiadores.

Sérgio Lima
Um dos idealizadores do Aliança pelo Brasil e que se autointitula marqueteiro do partido. Em março, esteve na comitiva de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Parte dos integrantes do grupo contraiu o novo coronavírus na viagem. Lima não foi no voo presencial, mas participou de algumas agendas com Bolsonaro. Após a incursão aos EUA, o marqueteiro também contraiu a Covid-19.

Dentro do Aliança, foi o responsável pelo logotipo do partido, pelo site e pelo aplicativo de coleta de assinaturas da legenda.

Daniel Silveira (PSL-RJ)
O deputado federal é um dos mais ávidos defensores do presidente. Ganhou notoriedade durante a campanha eleitoral de 2018, quando quebrou uma placa em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada no Rio.

No ano passado, gravou o então líder do PSL na Câmara, delegado Waldir (GO), afirmando que ia "implodir" Bolsonaro. O episódio foi um dos capítulos do racha político dentro do PSL que levou à saída de Bolsonaro.

Em vídeos nas redes sociais, o parlamentar criticou o que chama de “ativismo jurídico”, citando o artigo 142 da Constituição, interpretado por militantes bolsonaristas como abertura legal a uma intervenção militar.

Allan dos Santos
O blogueiro é considerado um dos principais influenciadores conservadores do país. Dono do portal Terça Livre, é ligado aos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). É alvo de investigações no inquérito que apura ataques ao STF e a ministros da corte.

Otávio Fakhoury
Empresário e investidor. É dono do Crítica Nacional, parte da rede de sites que defendem o presidente Bolsonaro e usados para atacar opositores e imprensa.

A ligação entre ele e Bolsonaro começou na campanha em 2018, quando foi responsável por articular o apoio de parte da comunidade judaica de São Paulo ao então candidato do PSL.

É ligado ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e à advogada Karina Kufa. Durante a gestão do filho do presidente à frente do PSL de São Paulo, Fakhoury foi tesoureiro do diretório estadual.

Alberto Silva
Blogueiro responsável pelo canal Giro de Notícias, com 1,15 milhão de inscritos. Em 2017, a Folha mostrou que ele vive em Poços de Caldas, sul de Minas Gerais, onde é conhecido como Beto Silva ou Beto Louco.

Ele era integrante de um grupo responsável por disseminar pela internet informações falsas e/ou de teor sensacionalista. Silva nega.

Adilson Dini
Atua nas redes no perfil Ravox Brasil. Em postagens, o youtuber bolsonarista faz ataques ao STF e aos ministros da corte.

Camila Abdo
É youtuber e tem coluna em sites conservadores na qual ataca STF, Congresso e opositores do presidente Jair Bolsonaro. Muito ligada ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), já atuou como assistente parlamentar bolsonarista em um gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Emerson Teixeira
Conhecido nas redes como “Professor Opressor”, era um dos manifestantes mais empolgados com a presença do ministro da Educação, Abraham Weintraub, no ato do último domingo (14).

Fernando Lisboa
Dono do canal Vlog do Lisboa, com 545 mil inscritos, é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e um dos principais defensores do ministro da Educação, Abraham Weintraub, nas redes sociais.

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