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Apesar de risco de fraude, cota para candidatos negros é inegável avanço, dizem debatedores

Gabriela Cruz, do Tucanafro (PSDB), e Marcelo Issa, do Transparência Partidária, participaram do Ao Vivo em Casa

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Brasília

A presidente do Tucanafro (PSDB), Gabriela Cruz, e o diretor-executivo do Movimento Transparência Partidária, Marcelo Issa, disseram nesta segunda-feira (21) considerar um grande avanço a possibilidade de a Justiça determinar, já para este ano, o início da divisão proporcional de verbas e propaganda eleitoral a candidatos brancos e negros.

O ganho em termos de justiça social e igualdade racial supera em muito o de eventuais fraudes que podem ocorrer, avaliaram eles ao participar da estreia dos debates sobre as eleições municipais no Ao Vivo em Casa, a série de lives (transmissões ao vivo) da Folha com entrevistas, serviços, dicas e apresentações musicais.​​

Para o presidente do Transparência Partidária, que ressaltou ainda haver um longo caminho para se obter uma democratização interna e uma transparência satisfatórias nos partidos, os estudos relativos a eleições anteriores mostram que "ter dinheiro para as candidaturas ainda faz toda a diferença" quando se olham as listas de eleitos e não eleitos.

Em decisão liminar, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou que a cota financeira para candidatos negros seja aplicada já nas eleições deste ano. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) criou a reserva financeira para concorrentes negros em julgamento realizado no mês passado, mas a corte eleitoral havia decidido que a regra só valeria a partir de 2022 devido à proximidade do pleito municipal. A decisão de Lewandowski ainda será analisada pelo plenário do STF.

Para Gabriela Cruz, a medida é um importante passo para a inserção de negros e negras não só em cargos eletivos, mas nos outros postos importantes de comando do país . "Queremos não só a eleição de negros e negras, mas a nomeação de negros como ministros" e para outros cargos-chave, disse.

Sobre a possibilidade de fraudes, ela afirmou que um dos mecanismos que podem inibi-las será o acompanhamento dos próprios movimentos negros dessas candidaturas e da efetiva aplicação do dinheiro direcionado a elas. ​

Gabriela Cruz e Marcelo Issa - Reprodução

Os dois conversaram com Ranier Bragon, repórter especial da Sucursal de Brasília da Folha.

As lives têm duração média de 40 minutos, sempre às 17h. Ao Vivo em Casa é transmitido no site do jornal e no canal da Folha no YouTube.

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