PEC não é blindagem, mas definição de até onde prevalece a imunidade, diz deputado do PP
Para Fausto Pinato, proposta deixa claro 'o que pode e o que não pode'
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Favorável à PEC (proposta de emenda à Constituição) da imunidade parlamentar, o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) defende a necessidade de se estabelecer de forma clara os limites da regra.
Para ele, a PEC não é uma blindagem dos congressistas, mas um mecanismo que vai ao encontro do que o momento atual exige.
Por que o senhor votou a favor da PEC?
Eu votei a favor para deixar claro para a sociedade quais são os limites da imunidade parlamentar. Precisávamos dar um basta a discursos radicais que defendiam a quebra institucional, desrespeitando os Poderes constituídos, e não deixar brecha para que se repitam episódios recentes quando houver críticas pontuais a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
O senhor avalia que ela não blinda os deputados e senadores?
Não é uma questão de blindagem. E, sim, uma definição clara de até onde prevalece a imunidade parlamentar e quais são seu limites.
O Conselho de Ética tem um histórico de arquivar representações contra parlamentares. Definir que o deputado só pode ser punido pelo conselho não pode ser visto como aval à impunidade?
O Conselho de Ética já cassou deputados federais. Um exemplo disso é o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ).
Acelerar a tramitação da PEC não pode passar um recado à sociedade de que o Congresso está votando para se proteger?
Na minha opinião, acelerar a PEC é deixar bem claro para a sociedade, que hoje está dividida em relação ao caso do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), o que pode e o que não pode. E quais são seus limites. E também não deixar dúvidas pra excessos tanto do Legislativo quanto do Judiciário.
O senhor acha que a PEC poderia blindar o Congresso de um STF com eventual perfil autoritário?
Eu acho que a PEC vem ao encontro do que o momento atual exige. E também de acordo com o que está previsto na Constituição: a harmonia e a independência dos Poderes.
Que regulamentação adicional acha que é preciso fazer em relação à imunidade parlamentar?
A iniciativa só não pode deixar duplas interpretações sobre a imunidade parlamentar.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters