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Folha errou ao afirmar que Bolsonaro visita ponte recém-inaugurada pelo Exército no Amazonas

Uma outra ponte havia sido inaugurada em março pelos militares no município de São Gabriel da Cachoeira

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São Paulo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) inaugurou nesta quinta-feira (27) ponte sobre o igarapé Rodrigo e Cibele, no km 91 da BR-307, e não sobre o igarapé Ya-Mirim (km 85), conforme a Folha havia noticiado.

Ambas as pontes, em São Gabriel da Cachoeira (AM), localizam-se na Terra Indígena (TI) Balaio, a 6 km de distância entre elas.

A ponte sobre Ya-Mirim havia sido inaugurada em março, em cerimônia que contou com a presença de cinco generais, entre os quais o comandante militar da Amazônia, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. O Exército é o responsável pelas obras.

Ponte de madeira em São Gabriel da Cachoeira (AM) feita e inaugurada pelo Exército em março - Divulgação/Exército

Já as dimensões relatadas pela reportagem se referem a essa ponte. A obra possui 18 metros de extensão e 6 metros de largura, segundo o Exército. Foram empregados 68,65 m³ de madeira, quantidade pouco maior do que necessária para construir uma casa popular.

As pontes foram refeitas como parte da recuperação da BR-307, que, quando inaugurada, ligava São Gabriel da Cachoeira ao povoado de Cucuí, na fronteira com a Venezuela.

Atualmente, a rodovia de 200 km está transitável até a comunidade Balaio, na metade do caminho. A recuperação da estrada executada pelo Exército só chegará até ali.

As pontes são vizinhas ao maior depósito mundial de nióbio. Bastante citado por Bolsonaro antes e durante a campanha eleitoral de 2018, o minério acabou esquecido durante o seu governo.

Distante 85 km de São Gabriel da Cachoeira (AM) pela BR-307, a ponte sobre o igarapé Ya-Mirim, por exemplo, está a apenas 2 km do Morro de Seis Lagos, o maior depósito mundial de nióbio, com estimados 2,9 bilhões de toneladas.

O motivo é que não há interesse das mineradoras em abrir novas operações de nióbio. Com a demanda atual do minério, as jazidas em exploração têm capacidade para abastecer o planeta por várias décadas.

O Brasil já é o principal produtor mundial, com 88% do total, segundo o Serviço Geológico dos EUA. A maior parte vem da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), localizada em Araxá (MG).

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