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Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro vai assumir direção-geral do TSE

General da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva ocupará o cargo a partir de fevereiro

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Brasília

O general da reserva Fernando Azevedo e Silva assumirá o cargo de diretor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2022, ano de eleições gerais.

Militar da reserva e ex-ministro da Defesa até março deste ano, ele desempenhará as novas funções a partir de fevereiro, quando o ministro Edson Fachin toma posse como presidente da corte eleitoral no lugar do atual, o ministro Luís Roberto Barroso.

A informação foi publicada pela revista Veja e confirmada pela Folha.

general do Exército Fernando Azevedo e Silva - Evaristo Sa-29.mar.21/AFP

A escolha de Azevedo e Silva para o cargo, encarregado de tocar as questões administrativas do tribunal, é um gesto de possível constrangimento para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Estará subordinada a ele a área de tecnologia, responsável pelas urnas eletrônicas e softwares utilizados nas eleições.

Nos últimos meses, Bolsonaro protagonizou um embate com integrantes do TSE, principalmente Barroso, ao levantar, sem provas, suspeitas sobre a confiabilidade do sistema eleitoral.

Em função dessas declarações, o chefe do Executivo passou a ser alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.

Em agosto do próximo ano, Moraes sucederá Fachin e presidirá o TSE nas eleições de outubro. A tendência é a de que Azevedo seja mantido no posto de diretor-geral.

​Além de comandar a pasta da Defesa na gestão de Bolsonaro, o general atuou como assessor especial do Supremo, a convite do ex-presidente da corte Dias Toffoli. A passagem dele pelo tribunal propiciou a aproximação com ministros.

Enquanto esteve no Executivo, o militar da reserva do Exército trabalhou para manter as Forças Armadas longe da política, com um viés mais institucional e imparcial.

Sempre que o presidente insinuava acionar o Exército para resolver seus embates políticos, dizem ministros do STF, era o general quem entrava em cena. Procurava os magistrados para afirmar que os militares respeitam a Constituição Federal e não concordam com a ideia de novo golpe.

Essa postura foi considerada como um dos motivos para sua demissão. Foi substituído pelo general do Exército Walter Braga Netto, também da reserva.

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