Lula vai ao Rio para tentar pacificar relação do PT com Marcelo Freixo
Uma das tarefas é enquadrar ala petista que se opõe à aliança com PSB
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no Rio de Janeiro com a missão de unificar o PT em torno da candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao Palácio Guanabara.
A temporada também tem o objetivo de reforçar a presença de Lula no domicílio eleitoral de Jair Bolsonaro (PL). O petista se reuniu com prefeitos da base aliada do presidente.
Na conversa, realizada na tarde desta segunda-feira (28), com a presença de prefeitos da Baixada, Lula lembrou ações de seu governo voltadas às administrações municipais.
Segundo participantes, o petista citou a criação do Ministério das Cidades como exemplo de uma política voltada aos prefeitos, além da instalação de espaços para atendimento na CEF (Caixa Econômica Federal) e no próprio Palácio do Planalto.
O ex-presidente disse que, em sua gestão, os prefeitos eram atendidos independentemente da coloração partidária. Ainda segundo participantes, o ex-presidente pregou o fim do clima de um contra o outro.
Entre os presentes estavam o prefeito de Belford Roxo e presidente estadual do União Brasil, Wagner dos Santos Carneiro; de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa (PP); de Volta Redonda, Francisco Neto (União Brasil); e de Magé, Renato Cozzolino (PP).
A agenda de seis dias no estado incluiu uma reunião nesta segunda com a direção estadual do PT, em um hotel do Rio, para desencorajar manifestações contrárias ao nome de Freixo, vindas especialmente do grupo do ex-presidente da sigla Washington Quaquá.
Para apaziguar a situação, Lula se reuniu com o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), o petista André Ceciliano, que é pré-candidato ao Senado.
Lula patrocinou um encontro entre Freixo e Ceciliano para selar a composição dessa chapa. Os três jantaram na noite de domingo (27) na casa de Freixo. A noite foi encerrada ao som de chorinho e violão.
Depois de conversar com a direção estadual do PT, a tarefa será solucionar um problema com o PSB, que tem Alessandro Molon como candidato ao Senado. Lula defende o nome de Ceciliano para o Senado.
O PT informou ao PSB que não aceita lançar uma candidatura avulsa ao Senado para que Molon mantenha a sua.
Molon, que foi eleito presidente estadual do PSB, foi indicado pelo partido para a disputa ao Senado. Em defesa dessa chapa puro-sangue, PSB menciona o Piauí como exemplo de onde PT lançará candidato ao governo e ao Senado.
Outro argumento do PSB é o de que, em uma eleição dura, Lula dependerá de palanques fortes e Molon é um dos favoritos para a disputa.
Nas palavras de um aliado de Lula, a situação no Rio não está redonda, o que exigiu sua presença no estado.
Nessa passagem pelo Rio, o ex-presidente participou da comemoração do centenário do PC do B no sábado, quando foi recebido em um jantar na casa do ex-ministro da Cultura e compositor Gilberto Gil. No domingo, participou de feijoada na casa de Benedita da Silva, com a presença de Chico Buarque.
Erramos: o texto foi alterado
O nome do deputado é Alessandro Molon, não Alexandre, como publicado em versão anterior deste texto.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters