Siga a folha

Datafolha: Eleitor de Lula se preocupa mais com saúde e menos com corrupção

Metade deles concorda que 'política e valores religiosos devem andar sempre juntos para o Brasil prosperar'

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

Os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se importam mais com saúde e emprego e menos com o combate à corrupção na hora de votar, mostra pesquisa Datafolha realizada na semana passada.

Enquanto 81% dos entrevistados no total dizem que a saúde é a primeira, a segunda ou a terceira área mais relevante ao decidir quem será o próximo presidente, a parcela sobe para 86% entre apoiadores do petista —acima da margem de erro de dois pontos, para mais ou para menos.

Lula participa de ato em defesa do SUS no Dia Nacional da Saúde, em São Paulo - Danilo Verpa - 5.ago.22/Folhapress

Eles também se preocupam acima da média quando o tema é emprego e renda —62% o acham prioritário, contra 57% no geral. Quanto a educação e violência, o grupo tende a seguir o restante dos eleitores.

Já quando questionados sobre o combate à corrupção, só 22% dos lulistas consideram o assunto fundamental na escolha. O valor fica abaixo dos 29% totais e mais longe ainda dos 40% dos apoiadores de seu principal rival, Jair Bolsonaro (PL).

Lula se esquivou do tópico no primeiro debate presidencial na TV, organizado por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura em 28 de agosto, quando os dois adversários protagonizaram um embate direto sobre a questão.

Em entrevista ao Jornal Nacional, dias antes, o petista também driblou o tema, mas admitiu corrupção na Petrobras e rebateu citando suspeitas de desvios na gestão atual. A cúpula da campanha do ex-presidente tem optado por não dar enfoque ao assunto, e sim à economia.

A última pesquisa do Datafolha, que ouviu 5.734 pessoas entre a última terça (30) e quinta (1º), também mostrou que metade dos eleitores de Lula concorda total ou parcialmente com a frase "política e valores religiosos devem andar sempre juntos para que o Brasil possa prosperar".

A porcentagem é menor que o resultado geral (56%) e dos apoiadores de Bolsonaro (74%), porém maior que o dos apoiadores de Ciro Gomes (PDT). O petista lidera entre católicos, enquanto o presidente desponta entre evangélicos.

A maioria dos adeptos do ex-presidente concorda ainda que "é mais importante um candidato defender os valores da família do que ter boas propostas para a economia" para ganhar seu voto: 59% têm essa posição, ante 60% do total e 71% dos bolsonaristas.

Apesar disso, na pergunta anterior sobre as áreas mais importantes para decidir o voto, os lulistas ficam abaixo da média quando questionados sobre os "valores da família". Só 17% elencam o tema como prioridade, contra 22% no geral e 34% do atual presidente.

O eleitorado que apoia o petista registra também o maior desejo de mudança —96% deles preferem que as ações do próximo presidente sejam diferentes das de Bolsonaro, contra 72% da média. A tendência se repete em todas as áreas, destacando-se emprego/renda e saúde.

O levantamento foi contratado pela Folha e pela TV Globo e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-00433/2022. A margem de erro de dois pontos sobe para quatro apenas entre os eleitores de Ciro. A amostra dos demais candidatos é muito pequena para a análise.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas