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Católicos bolsonaristas encurralam jovem de vermelho ao lado da basílica de Aparecida; veja vídeo

Perseguição só acabou quando homem sumiu entre os corredores da igreja, sem ser agredido fisicamente

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Aparecida (SP)

Um jovem que vestia camiseta vermelha foi alvo de uma multidão enfurecida que gritava "mito" enquanto a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) estava em uma tenda de peregrinos, em frente à basílica de Nossa Senhora Aparecida, na tarde desta quarta (12), quando é celebrado o dia da padroeira do país.

Primeiro ele ficou encurralado em um círculo e, depois, quando tentou fugir foi perseguido pela multidão aos gritos de "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão" e "a nossa bandeira jamais será vermelha".

A hostilidade dos bolsonaristas só acabou quando o homem de vermelho sumiu entre os corredores da igreja, sem ser agredido fisicamente.

A comitiva do Bolsonaro não viu a cena. O homem com a camisa vermelha passou entre os carros de polícia antes e entrar na igreja, mas nenhum PM abordou o rapaz ou a multidão.

"E pensar que aqui é a casa de Deus", falou uma mulher assustada, com uma camisa de romaria de São José dos Campos.

Antes, o presidente foi recebido no Santuário Nacional sob vaias e aplausos e participou de missa.

Uma parte aplaudiu e chamou o presidente de Mito. "Silêncio na basílica. Prepare o seu coração, viemos aqui para rezar", afirmou o padre.

A passagem de Bolsonaro por Aparecida foi marcada por alvoroço, recados de arcebispo ao presidente e tensão eleitoral, com casos de intimidação, vaias e aplausos.

Um dia antes da visita, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), principal entidade da igreja no país, lamentou em nota "a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno". Sem citar nomes, a CNBB disse que "momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos".

É a terceira vez em que Bolsonaro, na condição de presidente, visita o Santuário Nacional de Aparecida. A primeira foi em 2019. Em 2021, dom Orlando fez alertas sobre o armamento da população, o discurso de ódio e a propagação de fake news —as falas foram entendidas como recados ao governante.

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