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Datafolha: Eleição de 2022 engaja e preocupa mais que a de 2018, segundo brasileiros

Percentual dos que estão mais decididos a irem votar neste ano é de 69%; 57% se dizem mais apreensivos com o resultado

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São Paulo

A eleição presidencial, disputada neste segundo turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mobiliza mais os eleitores do que o pleito de quatro anos atrás, vencido por Bolsonaro, e também causa mais preocupação, segundo nova pesquisa Datafolha.

Bandeiras de apoio a Bolsonaro e a Lula agitadas por apoiadores em Brasília - Ueslei Marcelino - 13.out.2022/Reuters

O instituto apresentou aos entrevistados cinco situações e perguntou o que mudou na comparação com 2018.

Daqueles que votaram no segundo turno há quatro anos, 69% respondem que estão mais decididos a irem votar neste ano, e 62% dizem que estão mais informados hoje sobre as propostas dos candidatos.

A parcela dos que declaram estarem acompanhando mais as notícias sobre os postulantes é de 57%, o que reforça a percepção de maior engajamento com a atual corrida ao Palácio do Planalto.

O envolvimento direto em campanhas, no entanto, teve alteração menos significativa: 47% afirmam que estão participando no mesmo nível de 2018, e 32% se dizem mais engajados.

Os percentuais são parecidos entre eleitores de Lula e de Bolsonaro —31% dos que apoiam o petista se consideram mais comprometidos com a campanha eleitoral agora, e 36% dos que votam no presidente estão nessa situação.

A preocupação com o resultado do pleito é de 49% no conjunto de entrevistados, mas está mais elevada entre os que declaram intenção de voto em Bolsonaro (55% dizem que o patamar de preocupação é maior agora do que em 2018) do que entre os que preferem Lula (44% estão mais apreensivos).

O levantamento, que ouviu 2.912 pessoas em 181 municípios entre segunda (17) e esta quarta-feira (19), foi contratado pela Folha e pela TV Globo e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-07340/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os índices de maior engajamento e preocupação são registrados na reta final de uma campanha altamente polarizada, opondo o candidato à reeleição e o ex-presidente, que ocupou a cadeira de 2003 a 2010.

Em 2018, Bolsonaro foi ao segundo turno contra Fernando Haddad (PT), numa eleição também marcada por forte divisão do eleitorado e acirramento. Naquele ano, o atual presidente sofreu uma facada durante um ato de rua e venceu na segunda etapa do pleito com 55,1% dos votos válidos.

De lá para cá, Bolsonaro consolidou uma base de apoiadores fiéis e ativa nas ruas e nas redes sociais. Alguns dados da nova pesquisa demonstram isso: entre os eleitores do presidente, 63% dizem que estão acompanhando mais as notícias sobre os candidatos, ao passo que a taxa entre os de Lula é de 53%.

Também é superior, entre os bolsonaristas, a fatia dos que respondem estar de olho em informações sobre as propostas dos presidenciáveis. O percentual é de 67% nesse grupo, e de 59% entre os que preferem o petista.

Já na pergunta sobre estar mais decidido a ir votar, os resultados são semelhantes. Entre os eleitores de Bolsonaro, 73% respondem que a disposição hoje é maior do que em 2018. Entre os de Lula, o índice é de 72%.

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