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Rodobens tem contas desbloqueadas após ser alvo de Moraes em ação contra atos antidemocráticos

Banco negou apoio a manifestações e disse que só constou como dono de caminhões por serem veículos financiados

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Brasília | UOL

O Banco Rodobens afirmou nesta quinta-feira (1º) que recuperou o acesso a suas contas bancárias, bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), desde 17 de novembro.

O nome da empresa apareceu numa lista de 43 entidades e pessoas que tiveram contas bloqueadas sob suspeita de terem financiado atos com pautas antidemocráticas realizados em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Banco Rodobens, no entanto, disse que só constava como proprietário de caminhões identificados pela polícia nos protestos por se tratar de veículos financiados na modalidade de leasing operacional, "quando o cliente arrendatário tem a posse direta do caminhão e pode optar, ao final do contrato, pela aquisição".

"Não são bens de uso do Banco Rodobens", afirmou a instituição.

Caminhões estacionados ao lado do quartel-general do Exército, em Brasília - Thaísa Oliveira-7.nov.22/Folhapress

A companhia reiterou que não participou dos atos com pedidos de golpe militar. "A Rodobens afirma que não teve qualquer participação nos atos relacionados na referida decisão noticiada, nem autorizou qualquer pessoa ou instituição a fazê-lo em seu nome e está atuando para que esse equívoco seja corrigido."

De acordo com Moraes, o bloqueio de contas visou a frear o uso de recursos nos atos. O ministro classificou como ilegítimo o deslocamento de mais de caminhões para manifestações em Brasília, em frente ao quartel-general do Exército, com a finalidade de romper a ordem constitucional, e disse que isso pode configurar crime de abolição violenta do Estado democrático de Direito.

"O potencial danoso das manifestações ilícitas fica absolutamente potencializado considerada a condição financeira dos empresários apontados como envolvidos nos fatos, eis que possuem vultosas quantias de dinheiro enquanto pessoas naturais, e comandam empresas de grande porte, que contam com milhares de empregados sujeitos às políticas de trabalho por elas implementadas", afirmou o ministro.

Moraes também determinou que a Polícia Federal colhesse o depoimento de todas as pessoas envolvidas.

A decisão está sob sigilo e envolve empresas que teriam financiado os bloqueios ilegais em rodovias e manifestações com pautas inconstitucionais em frente a quartéis militares.

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