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Moro tem reunião com presidente do STF após denúncia da PGR por fala sobre Gilmar

Ex-juiz tem encontro fechado com Rosa Weber, após repercussão de vídeo em que fala sobre 'comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes'

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Brasília

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se reuniu na noite desta terça-feira (18) com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber, na sede da corte. O encontro foi fechado à imprensa.

O parlamentar abordaria a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra ele por calúnia devido a declarações feitas sobre o ministro da corte Gilmar Mendes.

Na última sexta (14), viralizou nas redes sociais um vídeo em que o ex-juiz aparece dizendo a interlocutores sobre "comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes".

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) - Lucio Tavora-22.mar.23/Xinhua

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pede que o senador seja condenado à prisão e que, se a pena for superior a quatro anos, ele perca o mandato.

"Ao atribuir falsamente a prática do crime de corrupção passiva ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, o denunciado Sergio Fernando Moro agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado da mais alta corte do país", diz o documento da PGR.

Uma ala do STF considera improvável que o pedido da PGR leve de fato o ex-juiz da Lava Jato para a cadeia.

Ministros críticos da operação chefiada pelo então magistrado entre 2014 e 2019, no entanto, avaliam que a ação da Procuradoria é importante por manter Moro sob pressão.

O argumento é que o ex-juiz agora é parlamentar e, como tal, precisa ter cautela redobrada sobre as próprias ações e declarações.

O caso foi distribuído nesta segunda-feira (17) e será relatado pela ministra Cármen Lúcia, que notificará Moro a apresentar resposta em 15 dias. Depois desse momento, a ministra libera a denúncia da PGR para julgamento coletivo no Supremo.

Caso a denúncia seja aceita, Moro se tornará réu e será iniciada a chamada instrução processual, que consiste em oitiva de testemunhas de defesa, de acusação, e coleta de provas, por exemplo.

Posteriormente, o STF decidirá se condenará ou não o ex-juiz. Caso haja condenação, a pena pode ser convertida em prestação de serviços, se for pequena, e há ainda a possibilidade de Moro fechar um acordo.

Nesta segunda, Moro se pronunciou sobre o caso no Senado. Ele afirmou ter sido pego de surpresa pela denúncia, sem que tivesse sido escutado e criticou o que chamou de "açodamento" da PGR.

"Lamento que o procurador-geral da República veja com tanta facilidade a possibilidade de denunciar um senador da República e pedir sua prisão. Não quero que esse seja o Brasil que nós queremos e para o qual queremos caminhar", disse.

"Agora eu estou preocupado como senador da República para onde caminhamos neste país quando nós vemos esse açodamento e a propositura de uma ação penal, sem o cuidado de ouvir um senador, pedindo a prisão de um senador por algo que foi esclarecido na própria sexta-feira, que não representava aquilo que o senador pensava."

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