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Padilha anuncia acordo para instalação de 4 comissões mistas para analisar MPs

Ministro das Relações Institucionais, no entanto, afirma que segue impasse sobre composição dos colegiados

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Brasília

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (4) que o governo e o Legislativo chegaram a um acordo para a instalação, já a partir da próxima semana, de quatro comissões mistas —entre deputados e senadores —para a apreciação de medidas provisórias que foram enviadas ao Congresso pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais - Evaristo Sa - 22.dez.22/AFP

Padilha disse que serão instaladas na próxima semana as comissões mistas para analisar a medida provisória que recriou ministérios, a que instituiu o novo Bolsa Família, a do novo Minha Casa, Minha Vida e a que muda a regras do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Federais).

"Vamos aprovar todos os conteúdos. Vamos trabalhar para a aprovação do conteúdo de todas as 12 MPs, priorizando como instalação de comissão mista aquelas que os parlamentares querem debater", disse.

"A recriação dos ministérios, a MP do Carf tem interesse grande no debate das comissões mistas, novo Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, programa de aquisição de alimentos e Mais Médicos, são comissões mistas que devem estar instaladas, há um acordo, já para o começo da próxima semana", afirmou Padilha, que depois ressaltou que programa de aquisição de alimentos e Mais Médicos ficarão para as semanas seguintes.

O ministro, no entanto, afirmou que ainda permanece sem solução a questão da composição das comissões mistas.

"A questão da proporcionalidade não tem um acordo sobre isso, esse é um debate que vai continuar entre Câmara e Senado, mas nada disso, por aquilo que construímos, gera um obstáculo para a aprovação dos 12 conteúdos das 12 MPs do presidente Lula", disse ele.

O ministro, responsável pela articulação com o Congresso, ainda acrescentou que não há risco de que as comissões que serão instaladas depois tenham suas atividades paralisadas por falta de acordo sobre a proporcionalidade.

Padilha também afirmou haver acordo para a apreciação pelo Congresso Nacional das 12 medidas provisórias que foram enviadas pelo presidente Lula, antes que elas percam a validade.

No entanto nem todas terão uma comissão mista própria para a apreciação dos seus conteúdos. O acordo prevê que algumas delas podem virar emendas nas outras medidas provisórias que contarão com os colegiados. A ideia é que, no total, seis ou setes comissões sejam instaladas, segundo apontou o ministro.

"A previsão, são 12 MPs, a instalação de 12 comissões mistas significa um movimento de grande número de parlamentares, um grande volume de deputados. O governo desde o começo vem trabalhando com as lideranças, tanto da base quanto da oposição, da possibilidade de uma parte das MPs poderem ser transformadas em projeto de lei de urgência e emergência para serem inclusive emendadas nas medidas provisórias", disse.

Padilha citou como exemplo a medida provisória que vai tratar da criação e reestruturação de órgãos. Além disso, disse que a medida provisória que extinguiu a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a que transferiu o Coaf para a Fazenda poderiam entrar na principal como emenda.

Também disse que a medida provisória sobre o auxílio gás pode ser incluída como emenda na proposta que cria o novo Bolsa Família.

A questão das medidas provisórias tornou-se alvo de disputa entre a Câmara e o Senado e vinha ameaçando que matérias de interesse do governo perdessem o prazo, tornando-se sem eficácia. A polêmica está justamente no rito de apreciação.

O rito de apreciação das medidas provisórias foi alterado provisoriamente em 2020, com a redução das atividades no Congresso em meio à pandemia de Covid.

Durante esse período, as comissões mistas foram suspensas e as medidas começavam sendo apreciadas pela Câmara e depois passavam para o Senado. Com isso, Lira passou a controlar o ritmo de tramitação e a indicação dos relatores.

Pacheco, no entanto, determinou a volta do rito constitucional, que prevê a análise por comissão mistas de deputados e senadores. O presidente da Câmara defende que haja uma proporção maior de deputados.

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