Descrição de chapéu Chuvas no Sul

Rua desmorona em Gramado e moradores saem das casas

Parte da via do bairro Piratini ficou completamente destruída; município da serra gaúcha tem 16 pontos evacuados pela Defesa Civil

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Rua Henrique Bertoluci, em Gramado, desmoronou no domingo (12), após chuvas atingirem a cidade no fim de semana - Cleiton Thiele
Rio de Janeiro

Parte de uma rua da cidade de Gramado (a 138 km de Porto Alegre), na serra do Rio Grande do Sul, desmoronou neste domingo (12) e moradores precisaram ser retirados pela Defesa Civil municipal.

A rua Henrique Bertoluci, que liga os bairros Piratini e Floresta, é um dos 16 pontos com necessidade de evacuação listados pela prefeitura de Gramado até a manhã desta segunda-feira (13).

Gramado é uma das 447 cidades afetadas pelas chuvas no estado, que já deixou mais de 140 mortos e afeta 2 milhões de pessoas. Até esta segunda, Gramado tem sete mortes confirmadas por consequência das chuvas.

Moradores relatam que a primeira rachadura na rua apareceu no dia 2 de maio, quando as fortes chuvas começaram a atingir a região. No dia 5 de maio, a fissura já dividia o asfalto em dois lados. Neste domingo (12), um trecho da rua desmoronou.

A Defesa Civil de Gramado entrou em contato com os moradores sobre a necessidade de evacuação da área. O bairro Piratini tem quatro ruas evacuadas e está listado como ponto de monitoramento permanente pela prefeitura.

Casas na rua Henrique Bertoluci, em Gramado, que desmoronou após chuvas - Reprodução/TV Globo

Karen Pinheiro, empreendedora de marketing digital, acolheu em casa o pai, de 58 anos, e a mãe, de 63 anos, que moram na rua que desmoronou em Gramado. Eles saíram de carro por um trecho não atingido pela rachadura assim que receberam a determinação da Defesa Civil municipal. Karen vive em outra residência perto dali.

"A casa foi construída em 2008 e morei até 2015 ali. Jamais imaginávamos passar por isso, nem quando vimos a previsão de chuvas, que poderia ter enchentes e tudo mais. Nunca pensamos que Gramado seria atingida dessa forma", afirma.

Karen fotografou dia após dia o crescimento da fissura na rua da casa dos pais. No dia 2 de maio, segundo ela, surgiu uma primeira rachadura no asfalto, que foi crescendo até domingo (12), quando parte do asfalto cedeu e desceu.

"Antes que pare de chover e o solo pare de se mover, não sabemos o que vai ser feito na rua, se será possível consertar ou acessar a via. Muitas casas já cederam na rua abaixo da nossa."

A empreendedora diz ainda que os pais estão preocupados se conseguirão voltar à casa para resgatar o que ficou para trás.

"Além dos bem materiais que são difíceis de reconstruir, porque a exploração imobiliária fez com que os valores para comprar e alugar imóvel em Gramado sejam extremamente altos, existem nossas fotos e memórias que lá estão, presentes de pessoas que não estão mais entre nós."

Moradores de Caxias do Sul, na serra gaúcha, sentiram a terra tremer na madrugada desta segunda-feira (13) em meio à tragédia causada pela enchente histórica enfrentada pelo estado.

O tremor fez com que moradores deixassem suas casas com medo de desabamento em alguns bairros da cidade. Ele foi sentido principalmente nos bairros Madureira, Universitário e na região central da cidade.

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