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Descrição de chapéu ataque à democracia

PF mira fomentadores e financiadores do 8/1 em operação no aniversário de 1 ano de atos golpistas

Ação é a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, com 46 buscas em diversos estados e mandado de prisão

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Brasília

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta segunda-feira (8) mandados de busca e apreensão e prisão na 23ª fase da Operação Lesa Pátria, investigação que mira os responsáveis pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Foram expedidos 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão.

As ações foram realizadas no Distrito Federal, Tocantins, Minas Gerais, Santa Catarina, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Rondônia.

Vândalos golpistas invadem a praça dos Três Poderes e depredam os prédios, há um ano - Gabriela Biló - 8.jan.23/Folhapress

A Folha apurou que o alvo de mandado de prisão contratou um ônibus para levar manifestantes de Salvador para Brasília.

A suspeita dos investigadores é que a contratação do transporte foi paga com dinheiro de vaquinha ou que o responsável fosse um laranja, uma vez que não possuía condições para o custeio do aluguel.

A PF encontrou as digitais do preso em umas das esquadrias de vidro do Salão Negro do Congresso que foi depredada durante os ataques golpistas.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que também determinou a indisponibilidade de R$ 40 milhões em bens, ativos e valores dos investigados.

"Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido", diz a PF.

Deflagrada dias após o 8 de janeiro, a Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Em Rondônia, os federais apreenderam um arsenal em poder de um policial militar alvo da ação desta segunda. De acordo com investigadores, as armas são todas registradas.

PF apreendeu em Rondônia um arsenal em poder de um PM alvo da 23ª fase da Lesa Pátria - Divulgação

A operação da PF desta segunda tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os ataques de 8 de janeiro.

Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que apura ações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores buscaram identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios da capital federal, que acabaram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.

Segundo a PF, com essa nova fase, a Lesa Pátria já cumpriu 97 mandados de prisão preventiva e 313 de busca e apreensão.

Esse número se prisões se soma às 1.393 realizadas em flagrante nos dias que sucederam os ataques golpistas.

A PF também afirma ter apreendido R$ 11,6 milhões em bens e outros R$ 5 milhões em veículos —os números não levam em conta a 23ª fase.

"As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas", afirma a PF.

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