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Descrição de chapéu Rio de Janeiro

PM do Rio dá segurança especial à casa de praia de Bolsonaro em Angra dos Reis

Viatura fica estacionada constantemente na porta dos fundos da casa de praia do ex-presidente, que passou todo o mês de janeiro na região

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Vila Histórica de Mambucaba (RJ)

A casa de praia de Jair Bolsonaro (PL) na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), conta não só com a proteção de servidores federais a que todo ex-presidente tem direito por lei, mas também é merecedora de uma atenção especial da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Na última sexta (2), sábado (3) e domingo (4), dias em que a Folha esteve na região, em quase todo o período uma viatura da PM fluminense ficou postada logo em frente ao portão de fundos da casa do ex-mandatário.

Viatura da Polícia Militar do Rio de Janeiro estacionada em frente à porta dos fundos da casa de praia do ex-presidente Jair Bolsonaro (fachada cinza e portão branco), na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ) - Ranier Bragon -3.fev.24/Folhapress

Além disso, ao menos no sábado um PM entrou na propriedade juntamente com apoiadores de Bolsonaro que participariam de um café da manhã com o ex-presidente.

O militar se postou em atitude de vigilância durante todo o período em que o ex-mandatário conversava com as pessoas e tirava fotos, evento que durou mais de duas horas.

No dia seguinte, domingo, Bolsonaro repetiu com os apoiadores o que ele próprio classificou como "cercadinho de Mambucaba" —em alusão às conversas que patrocinava frequentemente em um cercadinho na saída do Palácio da Alvorada—, mas nessa ocasião a reportagem foi barrada na porta por um dos seguranças do ex-presidente.

Nesses três dias, viaturas da PM só se deslocavam da porta dos fundos da casa de Bolsonaro por breves períodos, voltando logo em seguida.

Carros estacionados, entre eles uma viatura da PM do Rio, em frente à porta dos fundos da casa de praia do ex-presidente Jair Bolsonaro, na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ) - Ranier Bragon - 4.fev.24/Folhapress

Pela lei 7.474/86, regulamentada pelo decreto 6.381/2008, todo ex-presidente tem direito a oito servidores federais, quatro para segurança e assessoramento pessoal, dois motoristas (além de dois veículos oficiais) e outras duas pessoas para assessoramento em geral.

No "cercadinho de Mambucaba", por exemplo, havia três seguranças que exibiam crachás federais, entre eles do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência).

O decreto estabelece que os servidores designados para segurança e serviço de motorista receberão treinamento de capacitação do departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

A Folha enviou perguntas para a assessoria de imprensa da PM do Rio sobre os motivos do esquema especial direcionado a Bolsonaro e qual era o embasamento legal usado para isso, mas não houve resposta. O estado é governado por Claudio Castro (PL), aliado do ex-presidente.

Mambucaba é vizinha a Paraty e fica a cerca de 200 km da cidade do Rio de Janeiro. Tem cerca de mil habitantes, população que cresce em períodos de alta temporada.

Bolsonaro tem casa na vila há cerca de 30 anos. Ele reformou a propriedade no final do ano passado e passou todo o mês de janeiro na região, ocasião em que dividiu o tempo entre pescarias e passeios de jet-ski.

Foi lá que estava o ex-presidente e seus três filhos políticos —o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos)— quando a Polícia Federal realizou, no último dia 29, uma operação de busca e apreensão que mirou Carlos.

Na ocasião, os Bolsonaros tinham saído para uma pescaria quando a PF chegou ao local, de helicóptero. Eles voltaram em seguida. A operação foi autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na apuração sobre a existência de uma suposta agência paralela de arapongagem durante o governo Bolsonaro.

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