Bolsonaro muda tom e agora chama Pablo Marçal de mentiroso
Em entrevista à CNN, ex-presidente reafirma apoio à candidatura do prefeito Ricardo Nunes (MDB)
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Jair Bolsonaro (PL) criticou, em entrevista à CNN, declaração do candidato Pablo Marçal (PRTB) na qual negou que tenha buscado apoio do ex-presidente para a disputa eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.
O ex-presidente afirmou que conversou com Marçal durante uma hora. Já Marçal, em vídeo, disse que nunca pediu apoio a Bolsonaro.
"Só corrigir uma impressão sua que está errada e da mídia inteira. Eu não fui buscar apoio de Bolsonaro. Eu jamais… Eu nunca que fui lá para pedir apoio dele. Zero", afirmou Marçal.
Em seguida, também à CNN, Bolsonaro reafirmou o apoio à reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
As declarações marcam uma mudança de tom do ex-presidente, que havia elogiado Marçal na quinta-feira (15) e deixado explícita a sua contrariedade com Nunes, apesar do compromisso partidário de apoiá-lo.
Em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal, Bolsonaro havia elogiado o que chamou de "figura nova do Pablo Marçal". "Fala muito bem, uma pessoa inteligente, tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte." Ele disse que Nunes não é seu "candidato dos sonhos", mas que assumiu o compromisso de ajudá-lo.
Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente foi indiciado neste ano pela Polícia Federal em inquéritos sobre as joias e a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
Além desses casos, Bolsonaro é alvo de outras investigações, que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Parte dessas apurações está no âmbito do inquérito das milícias digitais relatado pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) e instaurado em 2021, que podem em tese resultar na condenação de Bolsonaro em diferentes frentes.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.
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