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Descrição de chapéu Folha por Folha

Designers explicam novo projeto gráfico, que traz o DNA da Folha

Foram cerca de sete meses de trabalho que seguem ainda por mais três meses com avaliações diárias

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Marcio Freitas

É um dos criadores do estúdio Thema. Professor de pós-graduação em design no Senac, trabalhou 15 anos como designer na Folha.

Thea Severino

É uma das criadoras do estúdio Thema. Foi editora de Imagem e editora-adjunta da Ilustrada na Folha, além de consultora na Cases i Associats

São Paulo

"Puedes hablar?" Foi assim que começou a mensagem de texto recebida no dia 5 de fevereiro de 2024 com o convite do diretor de Redação, Sérgio Dávila, para o estúdio Thema desenvolver esta reforma gráfica. E lá fomos nós, Marcio Freitas e Thea Severino, no aquário (sala de reuniões da Redação na sede do jornal) numa quinta-feira deste verão para o primeiro bate-papo sobre a mudança de formato da versão impressa. Saímos com um grande desafio embaixo do braço e com algumas ideias na cabeça.

Mas a história começa muito antes. Fomos contratados na Folha no começo dos anos 2000 por Massimo Gentile (1962-2015), um italiano que ocupava o cargo de editor de arte na época. A conexão com Massimo foi imediata: dividimos com ele a paixão pela tipografia e por projetos gráficos de notícias.

Assinante da Folha analisa novo projeto da versão impressa do jornal - Folhapress

O primeiro projeto que desenvolvemos juntos foi para o suplemento juvenil Folhateen, em 2004. Foi quando nasceu o embrião e sonho do estúdio Thema. Tivemos a sorte e a oportunidade de desfrutar da genialidade criativa e visão jornalística que Massimo tinha, além do seu modo caótico de trabalhar, que também nos foi educativo.

Corta para 2018. Nos últimos meses de vida do diretor de Redação Otavio Frias Filho (1957-2018), aprendemos muito do que o leitor está vivenciando hoje, nestas páginas em formato berliner. Na época, estávamos desenvolvendo o projeto gráfico de 2018, que foi pautado e aprovado pelo Otavio. Os ajustes eram milimétricos, cirúrgicos, e os motivos das nossas decisões gráficas tinham que ser explicados em detalhes. Ele gostava e entendia muito sobre tipografia e era obcecado pela legibilidade dos textos, sempre preocupado com os leitores. Para nós, as discussões com Otavio eram outra aula de jornalismo gráfico.

Agora, nesta reforma de 2024, tivemos o privilégio de entregar aos leitores todos esses aprendizados. É um projeto gráfico que significa uma continuidade com o anterior, aprovado por Otavio. Pode-se dizer que pegamos o projeto de 2018, levantamos os seus pontos positivos e negativos, o adaptando para o novo formato, fortalecendo os acertos e melhorando o que não funcionava direito. E claro, agora sob a tutela do atual diretor de Redação e também do publisher Luiz Frias, que sugeriu ajustes fundamentais para adequação de formato.

Foram cerca de sete meses de trabalho (muito pouco para um projeto desse tamanho!) que seguem ainda por mais três meses com avaliações diárias do trabalho realizado pela equipe do jornal. Pesquisamos diversos diários, pedimos para o correspondente da Europa Ivan Finotti e para cada repórter que viajava ao exterior para nos trazer impressos de relevância mundial, com a intenção de colocar a Folha em sintonia com o que está sendo feito no mundo. Contamos com a consultoria e experiência de Marcos Augusto Gonçalves, editor da Ilustríssima e colunista, que trabalha na Folha desde os anos 1980 e acompanhou de perto toda a transição e inovações pelas quais o jornal passou nos últimos 40 anos.

Porém um projeto gráfico de jornal nunca se faz sozinho. As ideias da editora do impresso, Luciana Coelho, foram o ponto de partida; os apontamentos feitos pelos secretários de Redação, Vinicius Mota e Roberto Dias, os acertos de rota. E nosso ponto de chegada: um jornal mais contemporâneo, bonito, acessível, mais fácil de ler com informações mais bem editadas. Além de um desenho que reflete o que a Folha é, um jornal que sempre busca por excelência, tanto no seu conteúdo como também na sua forma, que entende que o visual é parte da notícia e algo muito importante na atualidade. Como diz a Luciana, é a Folha sendo Folha. E que continue assim.

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