Bitcoin consumirá uma Argentina em energia neste ano, estima banco
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O consumo de eletricidade relacionado ao bitcoin neste ano pode ser tão grande quanto ou até maior que o consumo previsto para todos os veículos elétricos do planeta em 2025 ou que o da Argentina, de acordo com o banco Morgan Stanley.
O bitcoin, a criptomoeda da moda, é minerado por meio da solução de complexos problemas matemáticos, cujas respostas são usadas para validar novas transações, adicionadas ao livro-registro do blockchain. Essa mineração requer grande uso de energia para computação.
O QUE SÃO CRIPTOMOEDAS? |
---|
O que são e para que servem |
Investir requer cuidado e sangue frio |
Fraudes são ameaça a quem investe |
Embate com governos aumenta risco |
"A demanda de energia do bitcoin em 2018 (cerca de 120 a 140 terawatts/hora, o equivalente a 0,6% do consumo mundial de energia, ou ao consumo da Argentina) será em nossa estimativa superior à demanda mundial total dos veículos elétricos do planeta em 2025 (cerca de 125 terawatts-hora), mas ainda é pequena em termos absolutos e não terá impacto sobre as ações de empresas de infraestrutura, pelo futuro previsível", apontaram os analistas do Morgan Stanley.
Embora não acreditem que o consumo de energia pelas criptomoedas venha a afetar a situação das empresas mundiais de infraestrutura, ao menos por enquanto, os analistas apontam que a demanda por bitcoins pode "representar uma nova oportunidade de negócios para aqueles que desenvolvem fontes sustentáveis de energia" e que "muitas empresas de infraestrutura, como a NextEra, a Iberdrola ea Enel, e mesmo as grandes companhias petroleiras estão ingressando no segmento de energia renovável".
O Morgan Stanley estima o custo de criar um bitcoin em entre US$ 3.000 e US$ 7.000. E regiões de baixo custo deverão ser favorecidas para a mineração, como México, Noruega, China, Canadá e EUA.
a China já está agindo para reprimir a mineração excessiva de bitcoins no país, em razão de preocupações com o consumo excessivo de eletricidade e com o risco excessivo; ao que se sabe os mineradores [chineses] estão procurando maneiras de transferir suas operações ao exterior, quer por meio da transferência física de instalações, quer pela venda de seu conhecimento especializado.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters