EUA e aliados pedem que Facebook crie brecha em criptografia
Países que agilidade para obter informações sobre as comunicações de terroristas e predadores virtuais
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EUA, Reino Unido e Austrália pediram ao Facebook que não avance com a criptografia de ponta a ponta em seus serviços de mensagens, a menos que autoridades policiais tenham acesso a uma brecha, sob pretexto de que a codificação atrapalha a luta contra o abuso infantil e o terrorismo.
EUA e o Reino Unido também assinaram um acordo que acelerará as solicitações das autoridades policiais às empresas de tecnologia para obter informações sobre as comunicações de terroristas e predadores virtuais.
A aplicação da lei pode obter informações em semanas ou até dias, em vez da espera atual de seis meses a dois anos.
Washington pediu mais regulamentação e iniciou investigações antitruste contra empresas de tecnologia, criticando-as por falhas de privacidade, atividades relacionadas a eleições e domínio do setor de publicidade online.
Em uma carta aberta ao Facebook, os três países disseram que, apesar de apoiarem uma criptografia forte, era necessário equilibrar dados seguros com segurança pública, e cobraram ele e outras empresas a “permitirem acesso legal ao conteúdo em um formato legível e utilizável.”
Nesta sexta, o diretor do FBI Christopher Wray disse que a proposta do Facebook de criptografar seu serviço de mensagens transformaria a plataforma no sonho de consumidores de pornografia infantil.
Wray, dirigindo-se a uma multidão de autoridades policiais e de proteção à criança no Departamento de Justiça em Washington, disse que o plano do Facebook produziria “um espaço sem lei”.
Pouco depois, o procurador-geral William Barr estimou que as informações dadas às autoridades sobre explorações de crianças podem cair em até 70% se o Facebook criptografar seu serviço.
A empresa relatou que recebeu 16 milhões de informações sobre exploração infantil no ano passado, disse o vice-procurador-geral Jeffrey Rosen. Por outro lado, a Apple, que já usa criptografia de ponta a ponta, relatou 43 informações recebidas em 2018.
“Devemos assumir que a Apple magicamente administrou plataformas livres de exploração infantil?”, Rosen perguntou. “Ou será que empresas com criptografia de ponta a ponta não conseguem ver atividades ilícitas prejudiciais?”
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